28 Dezembro 2021      09:55

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Cabo submarino entre Sines e Marrocos avança

A Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) atribuiu o Título de Utilização Privativa do Espaço Marítimo (TUPEM) para o promotor do cabo submarino EllaLink avançar com a ligação entre Sines e Marrocos.

Em comunicado, a DGRM, citada pela Lusa, explica que o título, atribuído ao abrigo do decreto-lei 38/2015, permite ao promotor do cabo EllaLink “iniciar a instalação de uma ligação a Marrocos”, a partir da infraestrutura principal que faz a ligação entre Sines e o Brasil.

Com um regime de concessão de 25 anos, o TUPEM contempla, no mar português, “uma área de implantação do cabo ótico submarino de 2 338 metros quadrados e uma área de proteção de 116 238 metros quadrados”.

De acordo com a DGRM, o projeto consiste na instalação de um ramal de cabo submarino internacional que permitirá a ligação a Casablanca (Marrocos).

Este ramal vai ter “um comprimento de cerca de 420 quilómetros, através de um cabo de dois pares de fibras que permite uma largura de banda de 50 Terabits por segundo”, acrescentou o mesmo documento.

Os trabalhos para a instalação do novo cabo submarino de fibra ótica “estão em fase avançada de preparação”, revela a DGRM, que aponta o “mês de janeiro” para o arranque da obra, com a entrada em funcionamento “na primeira metade de 2022”.

“Com mais este passo, o promotor dá cumprimento ao seu planeamento do importante projeto de ligação de dados de baixa latência EllaLink, que já está a operar entre Sines e Fortaleza (Brasil) e com uma ramificação à Ilha da Madeira”, adianta.

Com isto, Portugal, alarga “a rede de interconexões a diferentes geografias” como é o caso do “norte de África”, sublinha aquele organismo.

Para a DGRM, a “importância da ligação de Portugal, através de uma crescente rede de cabos de dados de última geração, é fundamental no posicionamento nacional na economia dos dados, matéria que tem sido prioritária na ação governativa”.

O projeto EllaLink contempla a primeira ligação direta entre a Europa e o Brasil, através de um cabo de ultra banda larga, com seis mil quilómetros de extensão, num investimento de 150 milhões de euros.

 

Fotografia de sines.pt