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Monsanto

Inseticidas biodegradáveis produzidos em Portalegre vão ser alternativa ao Glifosato

O grupo químico e farmacêutico alemão Bayer, dono da Monsanto, prepara-se para enfrentar 18.400 processos judiciais apresentados nos Estados Unidos contra o herbicida com glifosato e embora nenhum regulador do mundo tenha concluído que o uso de herbicida com glifosato era perigoso, a Bayer foi já condenada três vezes a indemnizar requerentes californianos doentes com cancro, pelo uso daquele herbicida, num valor em indemnizações superior a 150 milhões de euros.

Dá que pensar

A investigação em biotecnologia é fundamental para avanço da humanidade, contudo, há um aspeto inquietante que se tem verificado nas últimas décadas e que diz respeito à concentração do direito de propriedade intelectual sobre recursos genéticos usados na agricultura e na pecuária.

A apropriação da natureza pela indústria é uma questão complexa e uma tendência preocupante que coloca sob ameaça as sementes tradicionais cruciais para manutenção das variedades locais de plantas agrícolas.

GLIFOSATO: UMA DECISÃO DE COMPADRES

Para que não restem dúvidas: o principio da precaução foi colocado na gaveta no dia 27 de novembro de 2017 pela União Europeia, data em que o Comité de Recurso da União Europeia tomou uma clara opção pelo agronegócio, pronunciando-se a favor da renovação do uso do glifosato por (mais) cinco anos no espaço europeu, com uma maioria qualificada de 18 Estados Membros. Portugal absteve-se e nove estados votaram contra.