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Arte

O INEXPLICÁVEL

O rapaz escrevia como um verdadeiro legislador, embora não o fosse, nunca tivesse sido e não percebesse a mínima coisa sobre leis. Mas mesmo assim, descontente ora, relaxado outrora, escrevia coisas tão certinhas como as palavras dos diplomas legais.

"ESPETACULAR" DE AGATHA RUIZ DE LA PRADA EM ÉVORA

A Duquesa de Cadaval, abriu as portas do Palácio Cadaval, em Évora, para a exposição da conhecida artista espanhola Agatha Ruiz de la Prada.

Com o nome “ESPETACULAR”, a exposição foi inaugurada no dia 24 de junho e é composta por 36 propostas de roupa com a marca da animada e alegre artista e designer espanhola, sendo as peças a sua imagem: coloridas, alegres e com uma nota sui generis: em forma de bolos, rebuçados e bombons.

As peças estão a ser expostas pela primeira vez e a estarão patentes, de terça-feira a domingo, até 25 de setembro.

 

THE KEEP DE MICHAEL MANN

The Keep (1983), Michael Mann

Um filme de horror – foi-me dado a ler num momento de acaso. Sobre o sinistro destino de um batalhão nazi perto do final da guerra. Esquecidos nos confins da Roménia, ocupam um castelo e inadvertidamente libertam uma entidade milenar e demoníaca presa nas suas catacumbas. Para a combater, procuram a ajuda disponível, um professor de História e a sua filha, não sem ironia judeus, e ainda um louco que diz saber como destruir esse demónio.

BEASTS OF THE SOUTHERN WILD

Beasts of the Southern Wild (2012), Benh Zeitlin

 

Da estranheza (para o caso, sensação muito próxima do incómodo) ao inacreditável encantamento. Eis o percurso que nos é proposto por Benh Zeitlin em Beasts of the Southern Wild. E que título admirável este, com entrada directa para a galeria dos melhores de sempre.

PROF. VICTOR BERGMAN

Uns quantos e lambuzados porquês, incertezas e fundamentações projectadas em múltiplas direcções, e logo devolvidas entre júbilos. Ligeira pausa.

Espaço 1999, digo a certa altura, e sorrio – como uma pista, cujo significado está apenas ao alcance de alguns privilegiados, que se solta.

Espaço 1999 (!), e continuo a sorrir - a exclamação como cunho pessoal, uma sensação vaga de poder, servida trocista numa espécie de bandeja de bits.

A DESCENTRALIZAÇÃO DA ARTE CHEGA AO ALENTEJO

A arte é para todos e deve estar em todo o lado. A descentralização da produção artística contemporânea é o ponto originário do Festival Atalaia Artes Performativas e que decorrerá de 29 de junho a 8 de julho, em Ourique e Aljustrel.

O festival será constituído a partir das residências de criação e que respeitavam dois pressupostos essenciais: o envolvimento com a região do Baixo Alentejo e com a comunidade local. Estas residências contaram com a participação 12 artistas –  e que deram origem a oito projetos selecionados por um júri especializado num concurso internacional.

EM BANHO-MARIA

Conduzia um Lamborghini verde alface e usava umas jardineiras. Já ninguém usava jardineiras de ganga com all-stars, daquelas jardineiras que não chegavam bem ao fundo porque estavam dobradas. O carro era baixinho, mas andava a uma velocidade que, comparada com a de um caracol, multiplicada por uns bons milhares, dava muito tempo.

HÁ FOTOS NA MINA

“… Os mineiros do Pejão ensinaram-me os valores da dignidade e da luta. Os valores do Trabalho. Foi assim que me fiz. Com eles” - Adriano Miranda, In “Carvão de aço”, 2017

No Cineteatro da Mina de São Domingos, em Mértola, até dia 29 de junho, vai estar patente a exposição fotográfica «Carvão de aço» de Adriano Miranda.

PATRICK MODIANO: O ÚLTIMO A SAIR DE CASA?

Patrick Modiano era um nome desconhecido para muitos quando em novembro de 2014 lhe atribuíram o Prémio Nobel da Literatura. Lamentavelmente incluía-me nesse grupo. Como sempre acontece nesses casos, a partir do galardão sucederam-se as edições e a descoberta tornou-se obrigatória. Chegou tarde, mas chegou pelo que os lamentos terminam aqui.

OS FILMES DE NATHANIEL DORSKY

Stills

Que filmes estes, e vimos apenas três sabendo desde logo da grande probabilidade de não voltar a ver mais nenhum.

Uma primeira pergunta logo que os começamos a ver: de onde estamos a olhar? – Ou então: para onde fomos levados? Para o topo de uma montanha. Não! Para um espaço intermédio, entre fronteiras apenas pressentidas.

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