Por Ricardo Jorge Claudino
Perco-me;
às vezes nas palavras,
frequentemente no interesse.
.
Todos os dias
insisto em me perder no tempo.
E perco-me nas ruas
das maiores cidades do mundo;
não com tanta frequência
como todas as vezes que me perco
nas travessas das mais pequenas
aldeias alentejanas; também elas
perdidas no tempo, embora
não por vontade própria.
.
Também me perco
nas lembranças que se
perdem de mim.
Lembro todos os meus avós