30 Dezembro 2023      11:04

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AD - o centro e a direita que faz sentido

Recentemente, PSD e CDS celebraram um acordo para coligação pré-eleitoral. Vai chamar-se "Aliança Democrática". Este entendimento é inspirado na coligação celebrada pela primeira vez entre PPD/PSD, CDS e PPM, em 1979. Um entendimento claramente vitorioso!

Com este acordo o PSD e CDS vão enfrentar juntos as próximas eleições. Esta iniciativa é o culminar das negociações que já duravam há algumas semanas. Esta aliança, que incluirá também independentes, servirá também para enfrentar as próximas eleições europeias, agendadas para junho de 2024.

Na minha opinião este entendimento, da recuperação da AD, faz todo o sentido. Junta dois partidos que partilham valores comuns. São dois partidos distintos no seu pensamento e na sua identidade política, mas são partidos que se complementam. São dois partidos confiáveis na democracia portuguesa.

A AD pode oferecer aos portugueses uma efetiva mudança política e de políticas. As prioridades da nova aliança passam por garantir o relançamento da economia, a reabilitação do Estado Social, o combate à pobreza e a erradicação de fenómenos como a corrupção e o tráfico de influências.

Por outro lado, a participação de algumas personalidades independentes nesta coligação poderá dar um novo ímpeto à política portuguesa. Há muito que defendo que os partidos têm a obrigação de se tornarem muito mais abertos à sociedade civil. Ter a capacidade de juntar personalidades com alto prestígio na sociedade portuguesa vai, garantidamente, enriquecer este projeto. Vai ser, certamente, um projeto inspirador e claramente ganhador.

A política necessita de ser enriquecida por pessoas que acrescentem algo. Há muito que as máquinas partidárias se tornaram introvertidas e anquilosadas. Esta abertura vai obrigar à melhoria interna nos próprios partidos, quer quanto ao enriquecimento intelectual, quer na capacidade de atração dos melhores.

Uma coisa é certa, no próximo ano o país vai ter que decidir que alternativa quer: se quer uma iniciativa de centro e direita, se quer uma alternativa de esquerda (mais radical), ou se quer uma alternativa de extrema-direita (que ao certo não se sabe bem o que é). Ou melhor, todos imaginamos o que seja!

Por isso mesmo, acredito que 2024 será um ano de mudanças. De transformações significativas. Acredito que os portugueses, independentemente do seu pensamento político e ideológico, vão fazer escolhas adequadas e responsáveis.

Desejos de um excelente 2024.