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Opinião

A IMPORTÂNCIA DAS TRADIÇÕES

É frequente ouvir “A tradição ainda é o que era…”, mas será que temos noção da real dimensão destas palavras? Será que escutamos e entendemos realmente o peso que a tradição nos impõem?

É sobre o regresso as tradições que lhes quero esta semana falar, e em particular de tradições que a custo sobrevivem a higienização dos costumes, imposta por quem não sabe, não quer saber, ou por e simplesmente apela para uma “superioridade” intelectual, que raras vezes encontra suporte no dia-a-dia de quem dela se socorre.

HOJE APETECE-ME BRINCAR...

Hoje apetece-me brincar… afinal de contas, às vezes parece que somos nós os brinquedos dos nossos políticos!

Brincadeira em dois actos… (datados de 31 de março)

(Violo propositadamente o acordo ortográfico na palavra “actos”, pois apesar de ser utilizador do novo acordo, custa-me ver escrito “atos” e “atas”, sem ser para os atacadores dos sapatos… de resto, aplicarei, como de costume, o novo acordo. Se estou a ser incoerente? Ya… às vezes faz bem!).

 

Acto I

COMPROMISSO REFORMISTA

O slogan do XXXVI Congresso do PSD realizado em Espinho, não poderia ser o mais acertado, “Compromisso reformista”. A Família Social Democrata reuniu-se no passado fim-de-semana para a reunião magna daquele que é o palco principal de um dos maiores Partidos de Portugal.

PODEMOS PASSAR SEM "O" CENTRO COMERCIAL?

As mais recentes notícias sobre a já longa novela do Centro Comercial de Évora, dão nota de que investidores do Dubai compraram o Évora Shopping, perspetivando-se que as obras iniciadas em 2011 chegarão finalmente ao fim.

Muito se poderia discutir sobre este assunto. Tópicos como:

Será que faz falta um centro comercial na nossa cidade? A localização escolhida é a melhor? Poderíamos reforçar a oferta de algumas marcas ou usufruir de salas de cinema sem a construção deste espaço? Existirão outros investimentos mais prioritários? Sim…ou talvez não.

PANAMA PAPERS

É esta a denominação do mais recente acontecimento de corrupção relacionado com o paraíso fiscal do Panamá, envolvendo um conjunto incrível de personalidades da vida pública a nível mundial que, directa ou indirectamente, estão a ser associados a este escândalo.

FALSA RENOVAÇÃO

Terminado o congresso do PSD, a grande conclusão é “a renovação não passou de um título para imprensa ver”.

Ainda antes do congresso eram vários os apelos à mudança da estratégia tomada pelo Partido até aqui, começando por mudar caras e políticas.

Para além da sugestão (plausível) de Paulo Rangel para que terminem as designações de “dr” e “eng”, entre outros, nada mais se ouviu relativamente a propostas para o País.

O ACTO DE SECUNDARIZAÇÃO DA DEMOCRACIA

Na última quinta-feira tivemos a oportunidade de assistir em plena Assembleia da República, a casa da democracia portuguesa e órgão máximo da mesma, a uma pura demonstração de como uma nação cuja Constituição foi elaborada há 40 anos, sob a égide dos valores democráticos depois de tantos anos de autoritarismo, consegue rejeitar uma condenação apresentada pelo PS e BE relativa ao caso dos 17 ativistas presos em Angola por terem na sua posse um livro intitulado Da Ditadura para a Democracia, e acusados de coautoria de actos preparatórios para uma rebelião e associação criminosa.

SOBREVIVENTE

De súbito ele chega e agarra cada pedaço teu! Rouba-te o chão, espalha nele os poucos pedaços de carne que ainda te cobriam a alma e queima-os na frente dos teus olhos sem vida. É aí que entras numa nova fase da tua existência…

ONDE FALHÁMOS COM OS NOSSOS JOVENS?

Aquando jovem, na condição legal de jovem, quero dizer, arrisquei muito pouco e dividi-me entre o que o mundo esperava ver de mim e o que eu esperava de mim consoante o que o mundo esperava. – Pode dizer, a culpa é minha por assumir essa imagem que em muito pouco me serviu completamente. Pode dizer: que pena, tivesses arriscado. Mas o que nunca ninguém nos conta verdadeiramente, sem quaisquer entraves ou expectativas, é que um dia a nossa juventude vai passar e essa preocupação será apenas um remoer lento de todas as coisas que deixámos de poder fazer.

NEVOEIRO

Na senda dos campos desconhecidos, há um inverno que se prolonga. Nos altos das montanhas, sopra o vento frio e cavernoso e as árvores acomodam-se  deixando gelar as folhas. As árvores não se avistam pois o nevoeiro cobre todo o espaço entre si e as músicas que se ouvem. Não são êxitos pop, mas sim o leve assobiar das árvores quando tocam o vento e se apaixonam pelas folhas. Num dia de nevoeiro, tudo parece mágico como se não houvesse uma linha de horizonte definida.

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