Terminado o congresso do PSD, a grande conclusão é “a renovação não passou de um título para imprensa ver”.
Ainda antes do congresso eram vários os apelos à mudança da estratégia tomada pelo Partido até aqui, começando por mudar caras e políticas.
Para além da sugestão (plausível) de Paulo Rangel para que terminem as designações de “dr” e “eng”, entre outros, nada mais se ouviu relativamente a propostas para o País.
Houve quem tenha falado em quarto resgate mas sem sequer apresentar uma alternativa às políticas que tanto criticam, mantendo a postura que foi adoptada aquando da discussão do orçamento de estado.
Quanto à equipa eleita para a direcção, mais do mesmo…A actual direcção do PSD mais não passa de um espelho do Governo de Passos Coelho, tendo a renovação ficado uma vez mais esquecida sendo este um factor preocupante, dado que estamos perante um Partido que quer ser alternativa.
O único ponto positivo vai mesmo para o discurso de encerramento do Congresso em que Passos Coelho acabou por reconhecer a legitimidade do actual Governo e traçar como principal objectivo a vitória nas autárquicas de 2017.
Foi o único momento do congresso em que se ouviu um verdadeiro objectivo que não o de apenas criticar sem apresentar alternativas.
A equipa que agora inicia funções já é bastante conhecida dos portugueses pelo que, feliz ou infelizmente, dali já podemos saber com o que contar.
Para quem falava em mudança, parece que esta foi substituída pela estagnação, fazendo-se calar os críticos em torno de um líder já desgastado e, como se viu, com pouco para propor aos portugueses.
Esperava-se mais, tendo ficado a ideia que mais valia ter-se marcado um comício em lugar de três dias de congresso.
A equipa está eleita.
Aguardemos pelas propostas.
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