Com o Natal à porta, começamos a pensar nas prendas para oferecer, pensamos também nos menus para a noite da Consoada, pensamos em tudo aquilo que temos de comprar, o que na realidade está fora do espirito natalício. Deveríamos pensar na família, em solidariedade, amor, fraternidade e tudo aquilo que o Natal deveria simbolizar e simboliza cada vez menos.
Sinto-me inundada de publicidades televisivas (e não só) apelando ao consumismo, algumas até que considero serem vendas agressivas. Confesso que não ligo muito a isto mas acabo por ter de dar alguma atenção quando os meus sobrinhos me pedem isto e aquilo (que viram na televisão).
Faço uma educação de tia, no sentido inverso, ofereço aquilo que eu acho que devo oferecer, o que penso que podem precisar, não aquilo que eles querem, e muitas vezes ofereço quando calha, pois o Natal é quando nós quisermos e deveria ser mesmo todos os dias!
O Natal de hoje apela ao consumismo! É triste, mas é verdade! Quantos de nós chegamos ao final do mês de Dezembro sem um “chavo” na carteira e claro quantas vezes ouvimos que janeiro é um mês difícil? Todos sabemos que de uma forma ou de outra somos consumidores, obrigatoriamente temos que o ser, mas consumistas? Será necessário para termos um Natal feliz, cairmos no consumismo desmedido anunciado na comunicação social? Podemos arrancar sorrisos e momentos felizes com um abraço, não sendo necessário 30 prendas.
A educação que recebi ensinou-me a poupar, a ter uma noção não só do hoje, mas também do amanhã e do depois de amanhã. Os imprevistos acontecem e não acontecem só aos outros. Nesta linha de pensamento, tento sempre sair da perspetiva de consumismo natalício exagerado, caindo apenas no essencial (que por vezes também não sei se é ou não consumismo).
Não vos quero cansar com dissertações sobre o que é o Natal, quero apenas deixar o alerta de que todos temos necessidades durante o ano inteiro e para as suprimir, temos que ser bons gestores familiares. E como diz o antigo ditado: “No poupar é que está o ganho!”