Um castanho acolhedor tocou na minha alma. Dei um passo e encontrei uns olhos a salvarem-na. Dois passos e há uma calma realçada pelos mesmos. Três, um abraço profundo sem toque.
Quatro e há um fogo caloroso que protege o meu coração.
Um sonho, uma vida e um futuro. Um sonho adolescente, uma vida afável e um futuro delicado.
A linha que outrora permanecia paralela, toca-se agora, abundante de cortesia, emoção e ternura. Uma, completa a outra. Outra, cuida de uma. Nascendo daqui um sentimento que foge às palavras, sendo percetível por um olhar, um toque e suspiros.
Uma saudade que parece não ter fim, um frio da barriga que se transforma. É casa. É companhia. É sorrisos.
Com a coragem inconfundível, determinação cativante, é admirável como pequenas obras de arte expostas.
Parando de me questionar, abro os braços desta vez. Aceito as flores, cuido e permaneço com estas, contando-lhes do meu dia. Desde o primeiro segundo. A ferida foi sarada.
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