Estavam duas pessoas no carro. Uma sentada no lado direito e outra sentada no lado esquerdo. Uma conduzia e a outra servia de co-piloto. O problema era que o co-piloto devia indicar o caminho a seguir e como era obstinado não queria por o mesmo do condutor.
Andaram dez quilómetros. Um a dizer que o caminho era pela esquerda e o outro pela direita. Tanto discutiram que acabaram por ter um acidente num cruzamento em que nem a direita nem a esquerda servia. Há quem diga que foi uma decisão mal tomada. Outras pessoas chamaram-lhe obstinação!
Observemos agora o seguinte caso: há alguém que não sabe se quer a esquerda ou a direita e leva no seu carro gente que não conhece o caminho pela esquerda e pela direita. Uns querem ir para a esquerda e outros para a direita. O entroncamento é o mesmo! Neste caso o acidente não ocorrerá porque alguém tem a habilidade suficiente para desviar o carro, seguir pelo centro e culpar o polícia sinaleiro ou a pessoa que estava em casa a tentar avisar do desastre pronto a acontecer.
Isto certamente não aconteceria na realidade, porque não ha pessoas capazes de por em causa a segurança de outras pela sua obstinação e busca de poder na estrada!
Neste mundo imaginário, ninguém ultrapassa num caminho de via única e isso é importante! Não porque a estrada é o caminho de quem vai e respeita os entroncamentos, mas também que, naqueles caminhos sinuosos, as pessoas de bem, sabem onde o travão para sabem que a obstinação não é o sinal verde para avançar, mas sim talvez um amarelo, talvez um vermelho para que o seu ego se comprometa…
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