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Opinião

A FÁBRICA DE PROVÉRBIOS

Máximas, axiomas, adágios, provérbios, ditados populares ou anexins, sempre os ouvimos, supostamente, desde a mais tenra infância. Infelizmente, no meu caso, por ter nascido e crescido no estrangeiro, aprendi poucos ditados populares portugueses quando era criança.

Quando, aos dezanove anos optei por vir para Portugal, apercebi-me de que ignorava grande parte dos provérbios portugueses. Assim, comecei já com um handicap essa minha aventura pelas letras lusas. E se creio ter superado a minha insipiência lexical, fiquei com esse calcanhar de Aquiles.

OS PORMENORES DAS CASAS QUE CONSTRUÍMOS

Sei pouco desta realidade como dela me contam. Sei pouco da loucura que é sentir-se demasiado e dizer demasiado pouco por isso quando me perguntam o que é o amor nunca respondo concretamente. – Parece tão simples quando pensamos abstratamente no conceito do amor mas de alguma forma as palavras parecem nunca estar ao nível de uma descrição digna.

A ESTAÇÃO

Entrei na estação, duas estações acima da estação de saída. Era uma estação de comboios já antiga, rodeada de um manto de neve que transformava toda a rua num longo caminho branco e gelado, escondendo debaixo o seu manto verde de relva que adormecia gelada sob o cobertor forçado. Tirei o bilhete na máquina automática e sentei-me na sala de espera, aquecida e despida de qualquer enfeite na parede. Lá dentro, dois longos bancos de madeira que deixavam que o sol, entrado pela janela, se sentasse ao lado de todas as pessoas. A estação era fria e ao mesmo tempo, muito quente no seu interior.

NOVO ORÇAMENTO FAZ SOFRER O INTERIOR

O Orçamento de Estado para 2016 é claramente penalizador para as regiões do interior, sobretudo para regiões com as características do Alentejo.

Percorrendo todo o OE 2016 não se conseguem vislumbrar quaisquer medidas que sejam de estimulo ao desenvolvimento das regiões mais desprotegidas, sobretudo das que se situam no interior do País.

Também os territórios de baixa densidade demográfica não veem quaisquer medidas de diferenciação positiva neste estranho Orçamento de Estado, que mais parece uma “manta de retalhos”.

OMNIVORIA

O animal mais dominador da história da natureza contemporânea é o “Homo sapiens sapiens”. Do ponto de vista de qualquer historiador da natureza é assim. Pode ser que o ponto de vista esteja condicionado pelo facto de qualquer desses historiadores pertencerem a essa espécie animal mas, para o caso, é assim. Este domínio, avassalador, da natureza, e este ponto de vista, com o Homem como observador, conduz à convicção generalizada de que mais nada interessa. O Homem pensa, acredita.

O MÉRITO É DO ELEFANTE

Na semana passada um amigo meu partilhou no facebook um estudo que concluía que desempenhar um trabalho de forma competente tinha pouca relevância nas promoções e na progressão profissional, e que na prática o mérito é totalmente irrelevante em muitas empresas e no Estado.

A minha primeira reação: que verdade de la Palice!

UM CAMINHO DIFERENTE

Orçamento do Estado: A afirmação de um caminho diferente    

 

Foi muito interessante assistir aos faits divers sobre o Orçamento do Estado (OE), a sua viabilidade, coerência e presságios de insucesso perante a Europa!

SEMANA EUROPEIA

Esta foi, talvez, uma das semanas mais importantes para Governo de António Costa, tendo este conseguido a aprovação do Orçamento de Estado por Bruxelas e pelo Parlamento e a prometida reversão da privatização da TAP.

Concorde-se ou não com as medidas, o que é facto é que, finalmente, alguém bateu o pé a Bruxelas, tornando a negociação das medidas a tomar exactamente numa negociação e não num monólogo Bruxelas-Portugal.

É certo que a austeridade continua, pois o inverso seria completamente irresponsável, mas a sua distribuição está a ser feita de forma mais igualitária.

O ESTRANHO CASO DO EMIGRANTE PORTUGUÊS

Que terá em comum Durão Barroso com um trabalhador de construção civil português em Paris? Que terá em comum António Guterres com uma cientista portuguesa a trabalhar num projecto de investigação contra o cancro em São Francisco? Que terá em comum Daniela Ruah ou Cristiano Ronaldo, com um jovem engenheiro eletrotécnico português a trabalhar na Philips em Amsterdão? A resposta é quase comicamente simples. São todos eles, ou já foram, emigrantes portugueses!

UM PROBLEMA CHAMADO ELASTICIDADE…

Soube-se há poucos dias as novas propostas para o Orçamento do Estado (OE). Não estando ainda na posse de todas as propostas, e não tendo como objetivo escalpelizar todas as medidas (até porque há quem o faça melhor do que eu), há uma delas que vai merecer a minha atenção nesta crónica.

Vamos recuar um pouco no tempo. Há uns anos atrás, era Ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite, o governo decidiu aumentar a taxa de IVA de 17% para 19%, com o objetivo de angariar maiores receitas fiscais. Mas o aumento não foi o esperado…

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