A Câmara Municipal de Barrancos ainda não conseguiu dar início à época balnear deste ano, cujo arranque estava previsto para 1 de junho, no Complexo das Piscinas Municipais da vila, porque há falta de nadadores-salvadores com acreditação validada pelo Instituto de Socorros a Náufragos (ISN).
De acordo com o Jornal de Notícias, a autarquia abriu dois concursos que ficaram desertos, mesmo com o aumento do valor pago aos profissionais. Contudo, não houve interessados devido à falta de cidadãos com licença válida para o corrente ano.
A câmara já recorreu a várias associações do setor, mas o problema mantém-se em muitos municípios do país, existindo piscinas e praias com as concessões encerradas por falta de nadadores-salvadores.
O município abriu o primeiro concurso para a função em maio, a exercer entre 1 de junho e 15 de setembro, que ficou deserto. Na passada quarta-feira, foi aberto novo concurso, com o aumento do valor para 60 euros/dia, com alojamento gratuito. No entanto, o resultado foi o mesmo.
A solução poderia estar a cerca de 10 quilómetros, do outro lado da fronteira, em Encinasola, onde há dois profissionais com o curso de “Socorristas Aquáticos”, equivalente a nadador-salvador, mas a formação não é reconhecida em Portugal.
Assim, a autarquia tem um documento preparado para enviar a António Costa, onde pede ao Primeiro-Ministro que seja tomada uma de duas soluções: “a aprovação de um despacho que permita que a função de nadador-salvador seja assegurada pelos socorristas espanhóis ou o prolongamento pelo ISN da validade dos cartões caducados em 2019 e 2020, por causa da pandemia”.
Fotografia de mediotejo.net