Dizem que as vacas "Wagyu" – originárias da província de Kobe, no Japão - dão a carne mais tenra do mundo e há quem considere esta raça a melhor raça bovina. Os grandes chefs de cozinha adoram-nas.
Normalmente são pretas, embora também haja avermelhadas, e têm o tamanho de uma vaca normal; não tomam medicamentos nem hormonas e são deixadas crescer cerca do dobro do tamanho habitual.
Estas vacas são também famosas por receberem massagens, beberem cerveja e vinho de arroz e ouvir Mozart e parece que isso tem resultado na distribuição uniforme da gordura e na qualidade da carne destes animais.
"Wagyu" significa mesmo “vaca japonesa”, no entanto, já é produzida em vários locais do mundo, mas há dois anos conheceram outro luxo, o da vida no Alentejo.
O responsável pela sua vinda foram Manuel Silveira e Nuno Rosado, numa parceria com um grupo espanhol. Ao semanário Expresso, Nuno Rosado revelou que quando os bezerros destas vacas "wagyu" chegaram ao Alentejo – mais propriamente a Évora – estavam tão desorientados que correram horas a fio em volta da cerca. Quando acalmaram viram que tinham 25 hectares de pasto e feno à disposição e que não estavam misturadas com mais nenhuma raça.
Ao início eram 24 vacas e um touro. Até agora já nasceram muitos bezerros que seguem depois viagem até casa do parceiro espanhol, em Burgos, em Castela e Leão..
Além dos luxos já enunciados, há outro fator que torna as “wagyu” tão apreciadas: são das raças de bovino com menos cruzamentos ao longo da sua evolução; tal facto provoca com que a vaca “wagyu”, como a conhecemos hoje, seja praticamente uma raça ancestral – com cerca de 35000 anos (de acordo com a Associação Americana de Wagyu).
O preço acompanha os luxos da vaca, dependendo do nível da vaca – são classificadas numa escala de 10 valores – um quilo desta carne pode custar cerca de 160€ e num restaurante com estrela Michelin o bife pode ir até aos 600 euros.
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Artigo realizado com base em artigo do semanário Expresso