Enquanto escrevo o meu artigo desta semana, assisto ao início do debate do programa de governo do PSD-CDS, sei que, desde já, este programa será chumbado na Assembleia da República, tanto mais que a esquerda já se efetivaram os acordos com vista a suportar um outro governo, desta do PS.
Este putativo futuro governo é apoiado por toda a esquerda, mas apenas composto pelo partido socialista, e aqui reside a sua primeira fraqueza… Bloco de Esquerda e CDU não estarão no governo, condicionam a sua votação a negociação permanente, e recai sobre Costa toda a responsabilidade sobre aquele que, na minha opinião, é o mais provável cenário futuro… a gestão titubeante, ora reformista, ora expansionista, ora mais a esquerda, ora mais ao centro.
E quando menos conveniente for, teremos novamente eleições.
Infelizmente, acredito, que tal cenário se irá por antes do próximo verão. Iniciaremos 2016, sem orçamento e sem a estabilidade política necessária a um Portugal que tem que fazer arrancar economia, e repor condições de vida aos Portugueses.
Sei que nos últimos dias celebramos o Trigésimo aniversário da Perestroika/Glasnost, e acredito que vivemos tempos históricos em Portugal (chegam ao “arco da governação” novos partidos), no entanto acho que os nossos políticos ainda não estão preparados para esta reconstrução.
Aos políticos, na minha qualidade de cidadão, solicito Responsabilidade e Bom Senso, dado que não estamos mais em tempos de experimentalismo político, e o voluntarismo existente em 1974 já se torna insuficiente para a “empreitada” que se avizinha.
A tão falada reforma do estado está por fazer, o controle das contas públicas está cada vez mais longe, e o crescimento económico anémico…temos muito para fazer, e aqui reside a questão… será que o próximo governo terá a coragem política para tal?
Termino esta semana, até porque tudo que diga sobre isto, corre o risco de estar certo… e nunca como agora queria estar errado.
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