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Défice

PARA QUE NÃO VOLTE A ACONTECER

A Comissão Europeia confirmou esta semana a saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo. Em termos práticos, é muito importante sublinhar que o País e os portugueses estão verdadeiramente de parabéns. Foi um esforço muito grande que os portugueses fizeram para se livrar deste espartilho. Dum espartilho onde nunca deveríamos ter entrado.

Portugal esteve os últimos 8 anos sujeito ao Procedimento por Défice Excessivo. Desde 2009 (da então famigerada governação de José Sócrates) que nos encontramos perante as amarras desta complexa exigência.

CUMPRIMOS O DÉFICE. E PORTUGAL?

Só quem coloca a ideologia à frente do País é que não ficaria satisfeito com os resultados do défice de 2016 apresentados pelo Governo.

É curioso assistir aos que hoje fazem tanta questão em afirmar que os 2,1% de défice se deve exclusivamente a António Costa, foram os mesmos que ainda hoje contestam a governação de Pedro Passos Coelho, que recebeu um défice de 11,2% de Sócrates e entregou o País ao actual governo com um défice de 3% (sem contar com o BANIF).

QUEM FECHA O BURACO?

Há cerca de três meses, quando o governo decidiu aumentar o imposto sobre os produtos petrolíferos em 6 cêntimos, ficou a promessa de voltar a baixar o imposto em função do montante arrecadado com o IVA, com reavaliação trimestral por parte do governo. Passados três meses, o preço dos combustíveis subiu cerca de 11 cêntimos e o imposto baixou 1 cêntimo.

DÉFICE CAI EM 692 MILHÕES

O défice melhorou 692 milhões de euros até Abril.

A execução das contas públicas está melhor do que há um ano, seja qual for o critério usado para avaliar a evolução. O Orçamento do Estado para este ano está a revelar uma execução abaixo do registado em 2014. Os dados divulgados ontem pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO) mostram que o défice da Administração Pública até Abril está abaixo do registado no período homólogo seja qual for o critério utilizado para olhar para os números.

GANHAMOS APENAS 79% DA MÉDIA EUROPEIA

Porque SÁBADO é Dia da Europa

Os portugueses ganham apenas 79% da média da União Europeia, situação que se manterá pelo menos até 2016. Quanto à economia, esta cresce 1,6% e o desemprego ficará na casa dos 13%. Quanto ao défice, Bruxelas prevê 3,1% e teme que as despesas do estado aumentem porque estamos em ano de eleições. Antecipa-se também que a retoma, que é real, pouco se irá sentir no poder de compra das famílias.

Troika onde nos levas

Esta crónica vai ser polémica mas vou escrevê-la na mesma! Este foi o pensamento que tive antes de escrever o presente texto, uma vez que vou tratar o assunto troika e os seus impactos em Portugal.