17 Setembro 2022      10:49

Está aqui

Quebra de azeitona superior a 70% no Alentejo

A Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos, com sede em Moura (Beja), estima uma quebra na ordem dos 70 a 80% na produção de azeitona nos olivais de sequeiro da região, este ano, devido à seca.

A pouco mais de um mês do início da campanha de apanha da azeitona, o diretor-geral da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB), Hélder Transmontano, perspetivou à agência Lusa que esta vai ser certamente inferior à do ano anterior.

O diretor-geral da CAMB estimou, para o olival de sequeiro, quebras em relação ao ano anterior na ordem dos 70 a 80%.

De acordo com Hélder Transmontano, há muitos olivicultores associados na CAMB que nem vão apanhar azeitona em 2022, uma vez que há alguma azeitona no sequeiro que neste momento é só pele e caroço e nem se justifica a apanha.

Com cerca de 1.400 olivicultores associados, a CAMB abrange uma área total de quase 21.000 hectares de olival, dos quais cerca de 16.000 hectares de olival de sequeiro.

A cooperativa alentejana conta ainda com cerca de 4.000 a 5.000 hectares de olival de regadio, em que a quebra na produção este ano será muitíssimo inferior.

Hélder Transmontano avança que os novos olivais de regadio estão em crescimento e vão produzir mais do que no ano anterior e outros que começaram a produzir este ano, o que vai atenuar as perdas sentidas no olival de sequeiro.

Assim, em termos globais, a CAMB deverá registar uma quebra entre os 30 e 40% na campanha da azeitona de 2022, depois de o ano passado ter sido excecional.