23 Agosto 2023      10:07

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Nova doença animal chegou a 14 explorações no Alentejo

O primeiro caso positivo da doença hemorrágica epizoótica, que é transmitida entre os animais através de mosquitos, foi confirmado no Alentejo em julho deste ano. Até agora, 14 explorações na região já foram afetadas.

Em declarações à Renascença, a diretora-geral da Alimentação e Veterinária, Susana Pombo, disse que “a zona do Alentejo é onde já há explorações afetadas, mas o país está quase todo sinalizado por causa das explorações confirmadas em Espanha”.

A doença não representa perigo para os humanos, mas pode em casos graves levar à morte dos animais, afetando maioritariamente bovinos e cervídeos selvagens como os veados.

Portugal está sob vigilância para esta doença desde o final do ano passado, quando foram confirmados casos de infeção em Espanha junto à fronteira. Susana Pombo admite que o aparecimento da doença na Europa pode estar relacionado com as alterações climáticas.

“O mosquito é o único meio de transmissão, a distribuição da doença depende desse vetor e das condições para se multiplicarem, este vírus é encontrado em climas tropicais, mas muito provavelmente por causa do aquecimento global vemos a distribuição destes vetores (mosquitos) noutros pontos do planeta como cá na Europa”, defende a especialista.

A diretora-geral da Alimentação e Veterinária garante ainda que esta “é uma doença que afeta apenas os animais e não há nenhum perigo nem sinalização para riscos de consumo de carne e produtos provenientes de animais, não afeta o homem, nem se transmite aos seres humanos”.

O excesso de saliva, feridas no focinho e febre são alguns dos sintomas com maior presença nos animais infetados. Apesar de não haver vacina nem tratamento, Susana Pombo diz que os animais podem recuperar numa questão de dias, mas que é importante sinalizar todos os casos para evitar a proliferação.