21 Janeiro 2022      13:29

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Legislativas 2022: Sónia Ramos | Cabeça-de-lista do PSD por Évora

A cabeça-de-lista do PSD para o círculo eleitoral de Évora é Sónia Ramos, 48 anos, Técnica Superior de Reinserção Social no Ministério da Justiça.

"Novos Horizontes para o Distrito de Évora

O António e o João, amigos de infância desde que o nascimento os juntou no monte da mesma herdade no Alentejo, onde os seus pais se dedicavam aos cuidados da terra, reencontraram-se 40 anos depois e trocaram as suas experiências de vida.

O António ficou na sua terra, por lá cresceu, frequentou o ensino secundário que não terminou por dificuldades económicas, constituiu família e é hoje um pequeno proprietário agrícola, esforçando-se por alimentar a sua família enfrentando as dificuldades próprias de quem vive e trabalha por sua conta num território de população cada vez mais envelhecida e rara. Luta diariamente por encontrar mão de obra, pagar os seus impostos e, quando existem, tentar captar ajudas estatais que compensem a fraca valorização do produto do seu trabalho.

O João foi estudar para Lisboa, com enorme esforço dos seus pais licenciou-se e é hoje um digno professor do ensino secundário publico, com família constituída.

Ambos lutam aos 50 anos por um presente digno e um melhor futuro para os seus filhos e netos, com enormes desafios pela frente.

Ao António colocam-se inúmeras dificuldades para vencer o dia a dia, pagar as suas contas, pagar salários, cumprir as suas obrigações com impostos e taxas (nova moda de o Estado arrecadar receita fiscal) e proceder aos necessários investimentos.

Ao pequeno empresário agrícola o Estado tem deixado abandonado à sua sorte, envelhecendo sem encontrar incentivo para convencer os seus descendentes a continuarem a sua atividade.

O João, integrado numa carreira publica, com uma profissão frequentemente indignificada e desvalorizada, luta por manter um estatuto que os custos das grandes urbes transformam    salários em chapa ganha chapa gasta. Com dificuldade lá vai ajudando os filhos a estudar e caminharem a passos largos para um emprego mal remunerado, pese embora terem uma escolaridade de excelência, ou procurarem no estrangeiro o reconhecimento que o seu país lhes nega.

Perguntará o leitor se esta história, ficcionada, da vida dos amigos António e João, tem que ser fatalmente sempre assim?

Claro que não, mas para isso algo tem que mudar. Velhas receitas conduzirão fatalmente aos mesmos resultados e só experimentando um remédio diferente se poderá obter um melhor resultado.

É urgente restituir aos jovens do nosso Alentejo a esperança em novas políticas e novos métodos de gestão publica, criando verdadeiras medidas de descriminação positiva, que os incentive a fixarem-se nas terras que os viram nascer, proporcionando-lhes uma vida profissional e socialmente dignas, quer como promotores de emprego quer como empregados.

Exigem-se verdadeiros Incentivos à fixação de empresas de maior valor acrescentado e que aproveitem as competências adquiridas pelos profissionais nos diversos ramos do ensino.

Ao ciclo vicioso que se criou com as empresas a queixarem-se de falta de mão de obra e a os trabalhadores a queixarem-se de falta de emprego, e de salário digno, tem que haver uma resposta urgente e robusta.

No seu programa o PSD elege as PME´s e microempresas e particularmente as que se fixem no interior, como alvo de benefícios adicionais na redução do IRC, sinal inequívoco da perceção do problema e do seu genuíno empenho na busca da solução.

Nesta mesma linha a clara intenção de melhorar os serviços públicos, como o ensino, a saude, os serviços administrativos, fazem do seu programa uma clara vontade de oferecer aos cidadãos alternativas aos grandes centros, de forma a que, para um cidadão seja interessante viver no interior.

Na sociedade moderna que se organiza hoje num mundo global e os cidadãos são cada vez menos das suas terras e mais do mundo, migram para onde mais e melhores oportunidades se lhe oferecem.

Está nas nossas mãos, com o poder do voto, que não seja uma fatalidade a repetição das histórias de vida dos personagens da nossa história.

Só votando podemos contribuir para alterar o rumo da história.

Não votar será deixar entregues ao seu destino fatalista os muitos António e João do nosso país.

Não votar em quem pode executar verdadeiras reformas, e assistir tranquilamente ao empobrecimento do pais, sem honra nem dignidade, torna-nos cúmplices de práticas de maus empregos, baixos salários e de empresas de baixo valor acrescentado sem rentabilidade para promotores e empregados e continuar a assistir ao êxodo dos mais novos, mais capazes e preparados de todos nós.

No dia 30 está nas nossas mãos a escolha de um modelo alternativo à política atual que, comprovadamente, nos tem empurrado para a vergonha de, a curto prazo, sermos o lanterna vermelha do pelotão da Europa, lugar que ninguém quer.

Eu não quero! Não queira o leitor também!

Como cabeça de lista do PSD pelo nosso Distrito de Évora, tudo farei para o colocar às suas causas em primeiro lugar, defendendo na AR os anseios das suas populações, com o mesmo empenho e dedicação que sempre tenho colocado em todas as causas em que me tenho envolvido."