22 Outubro 2018      16:10

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Jornalismo “fake”?

O Diário de Notícias desta semana, faz destaque para várias páginas de internet, sedeadas no Canadá, com o intuito de criar e espalhar notícias falsas (a publicação aponta o caso do alegado relógio de luxo de Catarina Martins e o da alegada presença da nova procuradora geral da república num jantar com José Sócrates).

Toda esta reportagem, bem como alguns espaços noticiosos em Portugal, levam, mais uma vez, à questão: “em que informação podemos realmente confiar?”.

Nas redes sociais, a cada hora surgem milhares de notícias falsas com o objectivo de denegrir a imagem de pessoas ou empresas.

Em Portugal, no caso já referido, o endereço vai dar à página “Direita Política”, tendo como objectivo influenciar a opinião pública contra os partidos de esquerda.

No Brasil, são já vários os casos de tentativa de manipulação da informação por parte de Jair Bolsonaro contra os seus principais opositores.

Nos EUA, Trump está envolvido em casos de tentativa de controlo de votos e de opinião do eleitorado.

E se é grave este tipo de manipulação, mais grave se torna a divulgação destas notícias por meios de comunicação social.

Aqui estamos já perante a grave violação de princípios éticos e deontológicos que, até à data, poucas ou nenhumas consequências tiveram.

Vivemos numa era de títulos. Em que muitas pessoas se preocupam mais com as letras gordas e em ser os primeiros a comentar, do que propriamente com o conteúdo ou a veracidade da notícia.

Estamos na era do vale tudo no meio informativo.

A questão é: até quando vão as entidades reguladoras continuar a fechar os olhos a este tipo de situações?

 

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