A Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas de Alqueva (EDIA) estima que após a concussão da segunda fase, o empreendimento de fins múltiplos de Alqueva crie 16 mil postos de trabalho.
A previsão consta de um estudo feito pela empresa sobre a “Estimativa da Mão de Obra afeta às Atividades Agrícola e Agroindustrial no Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, EFMA”.
Em nota envida às redações, a empresa anuncia que “atualmente foram identificados 12 566 trabalhadores, 87,6% no setor agrícola, prevendo-se que, com a entrada em funcionamento dos novos perímetros de rega projetadas para Alqueva, este número aumente para cerca de 16 mil postos de trabalho”.
A EDIA adianta que o projeto Alqueva “fixou mão de obra direta em vários setores de atividade”.
Contudo, acrescenta a mesma fonte, “o êxodo rural sentido na última década, referido nos censos de 2021, não nos revela esta realidade”.
Para a EDIA, “esta discrepância poderá estar relacionada com a perda de mão de obra indiferenciada que, consequentemente terá dado origem à procura de nova mão de obra através de empresas de recrutamento de recursos humanos, sendo também elas uma realidade nova na região, assim como o fenómeno reconhecido como commuting, que se traduz pelo ato de ir e vir, de uma forma diária ou semanal do local de residência para o local de trabalho”.
O estudo indica que “são pessoas normalmente qualificadas e/ou investidores, ligados ao sector agrícola e agroindustrial, que atuam profissionalmente na região de Alqueva, mas que não residem nos seus concelhos de influência”.
O estudo não contabiliza várias atividades a montante e a jusante dos sectores agrícola e agroindustrial, pelo que o impacto de Alqueva na mão de obra será bastante superior ao calculado.