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Porque o voto “ainda” é uma arma

Sabendo que nenhuma questão responde a todas as outras, o levantamento de algumas interrogações, a que tenho assistido nesta campanha eleitoral, para além de nada esclarecer, só contribuem para desinformar e lançar duvidas que, pouco ou nada, têm a ver com o momento que vivemos. Apresentando o nosso tempo grandes vulnerabilidades e, continuando a viver em sociedades marcadas pelas desigualdades, os esclarecimentos tornam-se fundamentais para o clarificar de posições.

Exímios preconceitos

Na semana passada li um texto bastante elucidativo sobre questões semânticas, e não só, ligadas ao racismo. Nele, Isabel do Carmo interpreta a palavra racismo de modo similar à interpretação que lhe dei num texto que aqui publicado no ano transato.

Por uma Europa nova

A difícil arte de pensar política e a vontade de pensamentos livres, fizeram-me acreditar que não existe nenhuma questão que responda a todas as outras. É na pluralidade que crescemos. Ao sermos em simultâneo sujeitos e assujeitados, ou nos tornamos opinadores credíveis, ou seres descrentes das palavras. A escolha só a nós cabe.

Aproximam-se atos eleitorais fundamentais para a nossa democracia.  As europeias são as primeiras. Sempre com um elevado número de abstenções está na hora destas eleições deixarem de ser o parente pobre de todas as outras.

“Ensino” das Artes: Trampolim para a cidadania

Refletir sobre o “ensino “das artes nas escolas é algo não consensual e que, por vezes, pressupõe alguma erudição. (Entenda-se por erudição o recurso a autores que esclareçam e, em simultâneo, provoquem o debate).

Para uma educação cosmopolita

Falar de cosmopolitanismo na educação pode parecer algo pouco comum e descontextualizado.

Então porque levantar este tema?

Do sentido ao sem-sentido

O ano letivo começou dentro de uma normalidade possível. A luta dos professores continua sem que se preveja o seu desfecho. Com o extremar das posições é certo que o agudizar da luta se irá manter.

A maioria das escolas abriu, com os professores colocados, mas, ainda assim ,com algumas lacunas que entravam o bom funcionamento dos estabelecimentos de ensino.

Se temos direito a que se contabilizem os 9 anos em que a carreira esteve congelada? Claro que sim, se não para que estivemos a trabalhar.

Emprestas-me um lápis cor de pele?

Há cerca de um mês terminou mais um ano letivo. As nossas crianças foram gozar as merecidas férias, enquanto os seus docentes iniciavam mais uma luta, justa para muitos e descabida para outros. Já agora só um parêntesis: imaginem não contarem 9 anos de escolaridade aos vossos filhos. Se o tempo não existiu para os professores como foi possível as crianças evoluírem durante este período? Mas não é disto que hoje vos quero falar.

Quando os danos colaterais são os mortos e os feridos

Já não existem palavras aveludadas, estas apenas refletem mágoa e revolta. Os escritos já só conseguem exprimir realidades obscenas e sentimentos marcados pela insubmissão. O meu acervo dos sonhos vai-se esgotando e, chegar a acordo com o tempo, começa a não estar nos meus planos.   

Enquanto se exuberam essências, as catarses coletivas vão-se impondo pelo mundo fora.

Tinha, inicialmente, pensado escrever sobre Maio de 68, sobre os encantos e os desencantos de juventudes vividas de esperanças e de poéticas sonhadas e sempre adiadas.

O futuro da Europa está a passar por aqui!

Como todos os anos, mais uma vez voltei a descer a Avenida da Liberdade, sempre na melhor das companhias.

Viver Abril continua a ser a celebração das liberdades, liberdades que cada vez mais prezo. Foi por isto que sempre me vinculei a combates onde os fundamentos permanecem para além da relativização das ações.

Hoje, viver Abril é manter vivos ideais em que nunca deixei de acreditar. Onde todas as lutas têm vitórias e reveses, em que a subversão dos pensamentos continua a ser imprescindível, marcando objetivos.

E se Hannah Arendt fosse viva?

Hoje vou imaginar cenários inviáveis.

Se Hannah Arendt cá estivesse o que pensaria e escreveria sobre o que se está a passar na Síria, em Myanmar, no Afeganistão, Turquia, Venezuela, Brasil…O que escreveria ela sobre o assassinato de Marielle Franco, sobre a crise dos refugiados, sobre as políticas racista e xenófoba?

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