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Arte

Serpa e a UNESCO desafiam: “O que é a felicidade?”

Há uma pergunta simples e de resposta complexa que é a base da iniciativa que junta Serpa à UNESCO: “O que é a felicidade?”

Foi para encontrar respostas que a Biblioteca Municipal Abade Correia da Serra, em Serpa, se associou a um concurso promovido pela Rede das Bibliotecas da Comissão Nacional da UNESCO para a realização de um cartaz alusivo ao tema “O que é a felicidade?”.

Deste Lado da Ressurreição

Deste Lado da Ressurreição (um filme instável e potencialmente falhado (dito como elogio) de Joaquim Sapinho):

O título é enigmático e predispõe ao sorriso expectante. Também pelos vestígios do (ainda assim não muito) que se leu sobre o assunto. Começa – e começa bem. O contraponto de silêncios entre o interior / entrada do cenóbio e as sequências de surf. Silêncios? Expressão talvez equívoca. Interiores, representações de fé, céu, mar, debaixo de água, depois um grito que naquele ponto já sabe a pouco. As imagens são, de igual modo, dispares, ou de grande ou de recôndita beleza.

Notas sobre Gram Parsons e Ron Fricke

Gram Parsons - Return of the Grievous Angel

Para esquecer não há melhor veículo do que a música. Sempre o tive bastante claro. O que durante uma boa meia-vida não me passou pela cabeça foi vir a usar para esse efeito uma canção com raízes na música country. Até que apareceu Gram Parsons com o seu Return of the Grievous Angel. Não se declara sobre, ouve-se – e então deixamo-nos ir no seu lamento travestido.

Sugestão Tribuna Alentejo: “Soleil de Méditerranée’ de Pierre Farel

Em Ponte de Sor, a exposição “Soleil Mediterranée”, de Pierre Farel, já está patente no Centro de Artes e Cultura (CAC).

Até 21 de janeiro, obras de Pierre Farel estarão em exposição na localidade alentejana. O artista francês – natural de Orange – foi antigo aluno de Belas Artes em Avignon e aos vinte anos foi para a ilha de Córsega, onde vive até hoje.

The trouble with Harry e outras notas

The trouble with Harry (1955), Alfred Hitchcock

Há um morto que fez muito bem em ter morrido. Ninguém vai discordar. Um problema: não soube morrer e deixar os outros, os vivos, descansados. Ainda assim, como já se disse, fez ele, o morto, muito bem em ter morrido. E justamente quando morreu. Na altura certa. Nem antes nem depois da hora devida...

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Foi o primeiro filme de Shirley MacLaine:

Diz-se por aí que não é um grande Hitchcock. Como se isso fosse possível.

Metropolis e outras notas

Metropolis (1927), de Fritz Lang

Simbólico, na época considerou-se que excessivamente. Não poderia ter sido de outro modo, afinal. Vive da grandeza imagética, mas assenta em motivos, em acessos simples – práxis habitual na sétima arte, e mais ainda nos seus primórdios.

Montemor-o-Novo: Escola privada com financiamento público desvia milhares

Em Montemor-o-Novo, uma Escola privada financiada com dinheiros públicos foi acusada de desviar milhares de euros, de acordo com o relatório da Inspeção Geral da Educação, e revelado pela TVI.

Agostinho da Silva e Barry Lyndon de Stanley Kubrick

Agostinho da Silva

Portugal deu forma duradoira à terra, deu caminho lógico ao mar – fechando-o, restando-lhe para o futuro criar condições para o que o mestre chama de céu aberto na terra. "Céu palpável, contactável, sem ser apenas conceito ou crença. A impressão de se ter chegado ao máximo."

O que ainda não se fez, mas já se sonhou, no sonho acordado que é a ficção.

Julio Cortazar - Gostamos tanto da Glenda

G, de Glenda, de Glenda Jackson, sim, mas principiemos pelos gatos, pelas esposas e olhares que não podemos dirigir para nós mesmos (espelhos não servem, são fracos e equívocos substitutos). O primeiro de dez contos. Conto tremendo, pois terrível. Quando o nosso espaço é contido / esmagado por equívocos, que também são nossos, é claro. Mulher e gato, ambos distantes. A mulher tão longe quanto bela. Talvez por isso mais bela. E cada vez mais longe, indecifrável, e tão bela. Frequentadora de museus, analista de quadros. Cada vez mais bela e distante. Por fim, mulher e gato olham de frente.

Arquiteto alentejano Carrilho da Graça vence galardão internacional

O júri da edição inaugural do prémio de arquitetura italiano Leon Battista Alberti decidiu galardoar – e por unanimidade - o arquiteto alentejano Carrilho da Graça, autor de vários projetos ligados à requalificação do património.

O anunciado foi realizado na passada sexta-feira e refere-se a Carrilho da Graça como "um arquiteto de renome internacional cuja obra seja testemunho do papel da arquitetura contemporânea na valorização e requalificação do património histórico".

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