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Opinião

A caneta cuja tinta nunca terminava e a vela que não se apagava

Na mesma sala, em cima de uma secretária velha e abandonada, estavam uma vela ainda acesa, que parecia não ter fim e, ao seu lado, uma caneta que tinha escrito uma vida inteira. E era uma caneta que ainda assim continuava a ter tinta. Já não era usada mas existia ainda, tal como a luz daquela vela que não se apagou com a solidão. As coisas, os objetos quando deixam de ser usados, perdem a sua utilidade e, salvo aqueles que os utilizaram alguma vez, ninguém se lembra para que serviam.

O erro de Marcelo

Recentemente o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apresentou um «aviso» público (digamos que um raspanete) à Ministra da Coesão, Ana Abrunhosa, acerca da execução dos fundos europeus.

«Não lhe perdoo» avisou o Presidente da República, «caso venha a descobrir que a taxa de execução dos fundos não é aquela que deve ser». Chegou mesmo a dizer que se não correr bem, vai ter mesmo um dia infeliz.

A décima quarta palavra

Riu-se discretamente ao ouvir o minuto 12 do podcast. Não sei se exatamente pelo conteúdo ou se pela forma. Percebeu a ironia do minuto, da fala e do sotaque.

Os podcasts entraram na nossa vida de forma tão profunda que quase todos tivemos já um encontro, imediato ou mais prolongado, com um podcast. Aqueles que não tiveram ainda, talvez o passem a ter, fruto da curiosidade da leitura deste pequeno texto.

Os 25 anos da “febre Guggenheim” em Bilbao

Podem os projetos culturais inovadores, arrojados e bem planeados, serem os elementos propiciadores de um crescimento económico sustentado?

Na vizinha Espanha, encontramos o singular caso do Museu Guggenheim de Bilbao, a cidade do País Basco que redefiniu a sua identidade através da criação de um dinamismo contínuo de actividades culturais, em torno de um edifício icónico.

A minha homenagem ao professor Adriano Moreira

Tive o privilégio em conhecer o Professor Adriano Moreira há muitos anos atrás quando fiz parte do Conselho Nacional de Educação.

Bastava conversar um pouco com o Professor Adriano Moreira para perceber que estávamos perante um Homem com uma sabedoria enorme e com um nível cultural e intelectual espetacular. A sua presença era sempre entusiasmante, porque cada conversa transformava-se numa aula cheia de brilhantismo. Uma lição bastante rica!

O suspiro do vento

Hoje, quando escrevo esta breve crónica, penso essencialmente naquilo que leva alguém a escrever um texto. Escreveria sobre alguém ou alguma coisa. Escreveria sobre uma terra, um tempo passado, uma alegria, um lamento? Ou escreveria sobre um simples movimento do momento que não se move!

O suspiro do vento é tão forte nesta breve crónica quanto o é no Alentejo, no Algarve, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar.

O momento antes de dormir

Na semana passada, falamos sobre a insistência. Não sei exatamente porquê, decidi insistir num tema que muita gente poderá insistir. A insistência da semana passada, como qualquer insistência só deve ir até ao momento certo da sua existência. Prefixos diferentes mas raízes iguais. É tão curiosa a língua portuguesa.

Curiosa e diversa. Diversa e filha de várias origens, como a árabe! E isto leva-nos ao momento seguinte deste texto.

A insistência

Se há algo que persiste na natureza de todos nós é a necessidade de ver cumpridos os nossos objetivos, sejam eles maiores ou menores.

O cumprimento de objetivos dependerá da nossa persistência, resiliência, atitude, proatividade, sensibilidade aos temas e muitos outros fatores externos que nem eu próprio saberia explicar, pois derivam da personalidade de cada um.

Ninguém pára o Marcelo!

Em pouco mais de uma semana o Sr. Presidente da República, Professor Marcelo Rebelo de Sousa, comentou o seu próprio discurso do 5 de outubro, o Orçamento de Estado para 2023, as projeções do FMI para Portugal, a situação das eventuais incompatibilidades de alguns governantes, a situação e os resultados da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica Portuguesa, entre outros temas bastante diversificados.

Lugares vagos

Hoje, ao percorrer uma curta distância de comboio, houve algo na viagem que me começou a atormentar e a preencher o pensamento. A maioria dos lugares no comboio, naquele percurso que estava a fazer estavam vagos.

A viagem não ocorreu durante a pandemia, claramente. Aí tudo estava vago. Quase toda a gente mudou os seus hábitos, ficando em casa, trabalhando a partir daí, fosse essa decisão por obrigação ou por decisão consciente de saúde.

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