A “reparação urgente” de um troço “muito degradado” da Estrada Nacional (EN) 120 - foi esta exigência que, de acordo com a agência Lusa, a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Santiago do Cacém deixou ontem (21) ao Governo.
Aquela estrada, que atravessa uma parte do concelho alentejano, apresenta um pavimento “muito degradado, numa extensão de mais de 20 quilómetros”, entre a sede do município e Cruz de João Mendes, na freguesia de São Francisco da Serra, revelou a comissão de utentes, em comunicado.
O porta-voz desta comissão, Dinis Silva, explicou que a estrada “está bastante degradada com buracos muito grandes que parecem crateras, bermas muito altas e degradadas, causando bastantes prejuízos aos utentes, com furos nos pneus e jantes partidas devido ao mau estado do piso”.
O responsável avançou ainda à Lusa que os utilizadores da via se arriscam a danificar os seus veículos enquanto ali circulam, uma vez que “não se podem desviar dos buracos” que aparecem “numa curva” ou forçam os condutores a circular “em sentido contrário”.
“Ano após ano, assistimos ao avançar da degradação neste troço por uma ausência de manutenção e intervenção desta infraestrutura”, o que tem impacto “a nível superficial, mas também estrutural do próprio pavimento”, considerou a comissão, no mesmo comunicado.
Foi este motivo que levou Dinis Silva a exigir ao Governo e à Infraestruturas de Portugal (IP) que se proceda à “urgente pavimentação daquela via, numa extensão superior a 20 quilómetros, desde a cidade de Santiago do Cacém até ao limite do concelho de Grândola”.
“Sabemos que a Junta de Freguesia de São Francisco da Serra fez sair um comunicado à população e já pediu uma reunião à IP. Nós também vamos pedir uma reunião para colocar este problema à IP, mas infelizmente várias entidades têm alertado para a degradação desta estrada, que continua a acentuar-se”, acrescentou.
A comissão de utentes destacou ainda que “o estado de degradação visível” deste troço da EN120 “representa um grave atentado a todos os utentes que ali circulam, que têm visto nestes últimos [e] longos anos a sua condição de vida afetada” em termos económicos, sociais e de segurança.
“Estas situações não podem continuar”, defendeu o porta-voz da comissão, fazendo referência a problemas idênticos em São Bartolomeu da Serra, no concelho de Santiago do Cacém, provocados pela construção de uma passagem superior na EN121.
O responsável notou também que, no início deste mês de março, os utentes criticaram o estado em que se encontra a EN253, que passa por Alcácer do Sal, “e têm vindo a alertar para o mau estado da via entre Alcácer do Sal e Palma, no Itinerário Complementar 1, numa extensão de 16 quilómetros”.
Dinis Silva concluiu com a informação de que as obras no IC1 deverão ser iniciadas no final do ano, de acordo com o que tem sido anunciado, mas sublinha que estão em causa “suposições quando o que queremos são respostas definitivas e que as estradas sejam reparadas para bem de todos”.
Fotografia de osetubalense.com
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