7 Janeiro 2024      10:41

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Universidade de Évora cria Rede Internacional De Cidadãos Maiores

A Universidade de Évora viu aprovada a candidatura do Projeto Age Against The Machine - Rede Europeia de Solidariedade para os Direitos dos Cidadãos Maiores que visa abordar o envelhecimento e as questões de justiça social e económica dos cidadãos mais velhos na Europa, utilizando uma combinação de várias metodologias participativas de teatro aplicado.

Além da Universidade de Évora, constituem o Consórcio a Foundation ''Novi Sad 2021 - European Capital of Culture'', da cidade de Novi Sad, na Sérvia; BRAMA Teatr, de Goleniow, na Polónia; Compagnia Il Melarancio, Cuneo, na Itália; Drone Daj Troup, NoviSad, na Sérvia; Red Cross Serbia, de Belgrado, na Sérvia e Nordisk Teaterlaboratorium/Odin Teatret, de Holstebro, na Dinamarca.

Universidade de Évora explica que "o objetivo geral do projeto é aumentar a consciencialização, o conhecimento e o interesse dos cidadãos europeus e dos decisores políticos relativamente ao envelhecimento e à posição da população idosa, uma ação que assume especial relevância ao ser desenvolvido numa população particularmente envelhecida como a que se insere na região do Alentejo".

Segundo a academia, estão previstas, ao longo dos dois anos do projeto, diversas atividades específicas a realizar no concelho de Évora. As iniciativas terão início em fevereiro, e englobam “encontros de partilha de práticas expressivas envolvendo dois grupos intergeracionais; a realização de um laboratório de experimentação e criação performativa; a apresentação e partilha pública de espetáculo/performance; a realização do festival AgeAgainstTheMachine (em Évora durante 2025); a participação em conferências, encontros nacionais de sensibilização políticas públicas, e na Conferência AgeAgainstTheMachine, na Sérvia”.

Isabel Bezelga, docente do Departamento de Artes Cénicas da Escola de Artes da Universidade de Évora e membro integrante do Projeto Age Against The Machine, refere que "este tipo de projetos, como o que agora se inicia, visa contribuir através das linguagens e metodologias artísticas, apontando caminhos outros, como respostas aos desafios societais complexos que o mundo contemporâneo impõe e que, cada vez mais, exigem o esforço e a criatividade de equipas motivadas que aceitem o repto de pensar juntas”.

A docente acrescenta que “e Universidade de Évora é parte deste território e é também para este território e com as pessoas que o habitam que se vai construindo e aprofundando conhecimento. Ao valorizarem-se e tornarem-se visíveis os saberes, repertórios e experiências, como fabulosos repositórios culturais, que importam ser partilhados em processos vivos de interação geracional criativa, abre-se a possibilidade de serem experimentados, transformados e vividos, hoje e no futuro. Com o desenvolvimento deste projeto pretende-se oportunizar a partilha de saberes e saberes fazeres entre gerações. Aproximar as pessoas mais velhas de pessoas mais jovens (estudantes de artes), através da experiência de criar e pensar juntos. No âmbito da investigação nos vários domínios que se tem vindo a realizar no CHAIA, a relação de permanente contacto com a cidade de Évora impõe-se. Ela é sujeito e objeto de investigação em numerosos projetos e pesquisas que atravessam as dimensões do património, da arquitetura, da paisagem, da criação artística e cultural. Évora, tal como NoviSad (Sérvia), integram-se no conjunto de cidades europeias da cultura, que têm a oportunidade única de pensar e ensaiar a centralidade da cultura e da criação artística no desenvolvimento mais sustentável, inclusivo e participativo das suas cidades”.

De referir que além de Isabel Bezelga, integram a equipa do projeto pela Universidade de Évora, Paulo Simões Rodrigues, docente do Departamento de História, Teresa Furtado, docente do Departamento de Artes Visuais e Design, e Ana Moya, investigadora principal do Centro de História da Arte e Investigação Artística (CHAIA).

 

Fonte: www.ensino.eu