28 Novembro 2020      07:43

Está aqui

O PCP, os truques do costume e o que importa: o Hospital de Beja

É falso que os deputados do PS de Beja tenham votado contra uma proposta do PCP sobre o Hospital de Beja, pela simples razão de que as votações das propostas na especialidade são votadas na Comissão de Finanças em que nem os deputados todos participam.

É falso que o PCP tivesse genuíno interesse em que a proposta fosse aprovada, primeiro porque ela não tinha cabimento do Orçamento de Estado para 2021, logo ficaria no papel, e porque não a colocou em cima da mesa nas negociações com o PS como requisito fundamental para abstenção na votação final global.

O PCP é useiro e vezeiro nestes truques parlamentares. Enxameia o parlamento com propostas locais que sabe não disporem de condições para serem concretizadas, mas servem para fins exclusivamente partidários e eleitorais nos territórios.

Pela mão do PS estão a ser concretizados um volume de investimentos na infraestrutura do Hospital de Beja, nos equipamentos e nos recursos humanos que há muito não acontecia.

Pela mão do PS vão ser iniciadas, mesmo em contexto de emergência de saúde pública, as obras de construção do 2º piso sobre as consultas externas.

Pela mão do PS, com o impulso dos Deputados de Beja, deverão se consagrados investimentos com fundos do próximo quadro comunitário para a remodelação do Hospital de Beja.

Este é o caminho do trabalho consequente, centrado mais na resolução dos problemas do que nos truques parlamentares para incautos. Aliás, este debate orçamental teve de tudo.

Os que desertaram do esforço do país num momento crucial de compatibilização entre a saúde e a economia, sem perder de vista a necessidade de manter condições de recuperação e credibilidade para o pós-pandemias.

Os que dizem que uma proposta é importante na especialidade, mas deixam-na cair na generalidade.

Os que votam proposta na especialidade, mas depois votam contra o Orçamento de Estado numa atitude que inviabilizaria a concretização dos projetos.

Ao longo dos últimos anos, começou-se um caminho de recuperação dos rendimentos, de dinamização da economia e de valorização do Interior resultantes da aprovação de Orçamentos de Estado, aprovados por vários partidos.

O que foi verdadeiramente importante e compatível com as disponibilidades do país foi validado por vários. Não exigiram nem mais nem menos, o que lá estava bastou para votarem favoravelmente os Orçamentos.

Nunca como nos últimos anos se investiu tanto no Serviço Nacional de Saúde e precisamos de continuar a investir para assegurar os adequados cuidados de saúde às populações.

Com mais trabalho do que truques, com mais consequência do que número partidários, vamos continuar a trabalhar para concretizar soluções, como sempre fizemos, com a mesma cara em Lisboa e Beja. Com a mesma voz em Lisboa e em Beja, sem enganar as pessoas e focados nas soluções, em vez do ruído, das reivindicações inconsequentes e da politiquice.

Continuaremos assim a honra o compromisso de ser a voz consequente do Baixo Alentejo.

------------------------------------------

Pedro do Carmo, licenciado em Direito, é deputado do PS por Beja.