Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, deu o novo edifício do Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT) em Évora como exemplo do “caminho” para desenvolver o interior, assente no conhecimento, na inovação e nas pessoas.
A inauguração do Centro Infante Dom Henrique, o primeiro dos quatro novos edifícios da ampliação do PACT, aconteceu na passada segunda-feira. Em declarações à Lusa, a governante afirmou que “o exemplo deste projeto é aquilo que tem que ser o caminho em todos os territórios do interior”, mesmo que respeitando as especificidades de cada um.
Ana Abrunhosa sublinhou ainda que “a Europa também é isto”, investimento numa infraestrutura científica e tecnológica que, neste caso, englobou um investimento próximo dos 10 milhões de euros.
“Coesão é isto, quando nós, a partir do conhecimento e das potencialidades que o território tem, geramos novas dinâmicas, aumentamos a competitividade das empresas, ajudamos a criar novos setores de atividade no território, fixamos e atraímos talento. Isto é coesão social e territorial, com o enorme apoio da Europa”, frisou.
No seu entender, o caminho para regiões do interior como o Alentejo, ainda que continuem a ter zonas mais desfavorecidas, “é feito com conhecimento, com inovação, com todas as atividades económicas dos territórios, diversificando a base económica dos territórios”.
“Mesmo que hoje colocássemos todos os recursos ao serviço de uma estratégia completa, iria demorar anos a ter resultados. Nós tivemos décadas em que estes territórios, em que o país não teve as melhores políticas para estes territórios, [pelo que] reverter isto demora, mas é este o caminho”, argumentou a ministra.
E esse percurso de desenvolvimento “faz-se com o conhecimento, com a inovação em todas as atividades e, sobretudo, com pessoas, com talento e com trabalho qualificado e com redes, com internacionalização”, destacou.
A inauguração do Centro Infante Dom Henrique, em que esteve também presente a comissária europeia para a Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, esteve integrada nas comemorações do Dia da Europa.
Em declarações aos jornalistas, Elisa Ferreira considerou que “não havia melhor maneira de celebrar o Dia da Europa senão mostrando as potencialidades que cada território tem”.
No Alentejo, trata-se de “um território que, nos indicadores, ainda não mostra a dinâmica” que este novo edifício do PACT evidencia, mas é importante perceber-se que “os fundos estruturais não são para gerar dependência”, mas sim “para quebrar as barreiras”.
“Começaram por quebrar as barreiras das estradas, das infraestruturas, da água, do saneamento, mas agora têm de continuar a estimular esta junção do saber fazer”, para mostrar que polos como este, que têm boas acessibilidades” e “acessos digitais, têm ótimas condições para permitir uma ótima qualidade de vida”, afirmou.
Este novo edifício é o primeiro “passo” da ampliação do Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia, que engloba um total de quatro novos edifícios, projetados pelo arquiteto Carrilho da Graça e com um investimento global de quase 10 milhões de euros.
Fotografia de ointerior.pt
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