22 Março 2022      15:42

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Expetativas de ocupação turística no Alentejo “muito boas” para a Páscoa

Vítor Silva, presidente da ERT Alentejo/Ribatejo

A Entidade Regional de Turismo tem expetativas “muito boas” de ocupação turística no Alentejo na Páscoa, revelando que já há “muitos” alojamentos esgotados, sobretudo com reservas de portugueses, apesar dos efeitos da guerra na Ucrânia.

Em declarações à agência Lusa, Vítor Silva, presidente da Turismo do Alentejo e Ribatejo, garante que “o número de reservas é muito elevado”, há “muitos” alojamentos turísticos que “estão esgotados” e, portanto, “são expetativas” de ocupação na Páscoa “muito boas”.

O responsável indicou ainda que as reservas feitas nas unidades de alojamento alentejanas são sobretudo de portugueses, frisando que o mercado interno é o que tem “aguentado” e “sustentado”, e “bem”, a região nos “dois últimos anos” e “vai continuar a vir para o Alentejo”.

Além disso, Vítor Silva disse não prever que os efeitos da guerra na Ucrânia, como a subida dos preços dos combustíveis, e a pandemia de covid-19 poderão influenciar a procura turística e inverter o cenário de número de reservas.

“O Alentejo é reconhecido como um destino de qualidade e a situação bélica não afeta muito o turismo interno, por enquanto, a não ser que os preços, e isso não vai ser para já, subam em escalada”, sublinhou o presidente.

E “tenho a impressão de que as pessoas já se esqueceram” da covid-19, disse, afirmando: “com alguma ironia, a única coisa positiva da guerra foi que acabou com a pandemia”.

“Embora não tendo acabado, o que é [um] facto é que as pessoas já se estão a comportar como se não houvesse pandemia”, acrescentou.

Segundo Vítor Silva, “desde há uns anos” que o Alentejo “é um destino muito querido dos portugueses” e “são sobretudo” estes que “ainda estão a movimentar o turismo” na região.

Já o turismo externo, “só agora é que começa a ter alguma reativação”, indicou, mostrando “preocupações” em relação aos mercados brasileiro e norte-americano, respetivamente, o segundo e o quatro mercados externos no Alentejo em 2019.

De acordo com o responsável, trata-se de “mercados importantíssimos” para o Alentejo que “mostravam já uma vontade bastante grande de se abrir, mas, a situação de guerra, mais até do que a pandemia, estão a atrasar um pouco a reabertura mais acentuada destes mercados”.

“Se a situação de guerra se prolongar”, os mercados brasileiro e norte-americano “vão ser muito afetados”, sobretudo devido à eventual subida dos preços dos bilhetes de viagens de avião e ao “fator psicológico”, frisou.

Portugal está a uma “distância considerável da guerra” na Ucrânia e os turistas oriundos dos mercados brasileiro e norte-americano “não viajam se não tiverem uma sensação de segurança”, acrescentou.

 

Fotografia de publituris.pt