23 Janeiro 2024      11:37

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Alqueva sobe 1,87m numa semana e atinge 80% de capacidade

José Pedro Salema, presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA)

A albufeira de Alqueva subiu 1,87 metros na última semana, com um encaixe de quase 360 milhões de metros cúbicos de água, encontrando-se “a 80%” da capacidade.

Em declarações à agência Lusa, José Pedro Salema, presidente da Empresa de Desenvolvimento E Infraestruturas do Alqueva (EDIA), afirmou que “as duas últimas tempestades que atravessaram o nosso território trouxeram precipitações importantes e trouxeram também escoamentos” para a albufeira.

Em comunicado publicado no Facebook, a EDIA divulgou que, às 08:00 de segunda-feira, a albufeira de Alqueva estava na cota 148,60, o que representava uma subida de 1,87 metros face a segunda-feira anterior.

“Esta subida de cota reflete-se num encaixe de 358 hectómetros cúbicos (hm3) de água”, acrescentou a empresa, indicando que a albufeira armazenava, àquela hora, 3.332 hm3.

O presidente da EDIA disse que este valor significa que Alqueva está “a 80%” da sua capacidade máxima de armazenamento e realçou que, devido à chuva intensa que caiu na região na semana passada, os números de hoje “correm o risco” de ficar “rapidamente desatualizados”.

“Os volumes afluentes [ao Alqueva] ainda são importantes”, alertou José Pedro Salema.

Durante a última semana, graças à chuva que caiu, a subida da albufeira deveu-se à água proveniente do rio Guadiana, que “teve caudais muito relevantes a chegar” a Alqueva, com números “perto dos 1200 metros cúbicos por segundo, o que é qualquer coisa como uma piscina olímpica a cada dois segundos”, exemplificou o gestor.

E a água armazenada na albufeira aumentou também fruto daquela que veio através de “outras ribeiras” e das descargas feitas por barragens: “A barragem do Lucefécit descarregou, a barragem do Monte Novo, perto de Évora, descarregou também”, explicou o responsável.

“Portanto, uma importante bacia hidrográfica que converge em Alqueva esteve produtiva nos últimos dias e ainda está. O Guadiana ainda está com caudais na ordem dos 400 metros cúbicos por segundo e, portanto, a subida vai continuar, agora com um ritmo cada vez menor, mas ainda está a chegar muita água”, frisou José Pedro Salema.

Além disso, “o inverno ainda está longe de acabar, ainda temos muitos meses pela frente até à primavera, em que podem acontecer também escoamentos importantes. Portanto, estamos confortáveis, quer venha mais água, quer não venha”, garantiu o presidente.

 

Fotografia de vidarural.pt