9 Fevereiro 2024      09:52

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Agricultores alentejanos “satisfeitos” com reunião com a ministra

Agricultores do Baixo Alentejo manifestaram-se satisfeitos após uma reunião com a ministra da Agricultura, que se realizou na quinta-feira em Moura, argumentando que receberam a garantia do pagamento, a “muitíssimo breve” prazo, das ajudas para as produções biológica e integrada.

Em declarações à Lusa, António João Veríssimo, do Movimento Cívico de Agricultores do Baixo Alentejo, referiu que “tinha grandes esperanças que a reunião ia correr bem”, acrescentando que está garantido “pelo senhor primeiro-ministro [António Costa], com o aval da senhora ministra”, o pagamento “das ajudas, produção biológica 35%, produção integrada 25%”.

Segundo o responsável, “o senhor primeiro-ministro aprovou hoje [quinta-feira], em Conselho de Ministros, esta medida”, portanto, “aquela história da carta de conforto que o IFAP [Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas] nos ia passar, a dizer que nós éramos credores de um determinado montante, se calhar, o pagamento [das ajudas] vai chegar primeiro que a carta”.

António João Veríssimo considerou ainda que a garantia do pagamento destas ajudas “é a grande notícia”, porque foi essa a questão que mobilizou os agricultores e os “fez chegar ao ponto” que conduziu aos protestos na rua e ao corte de estradas.

Contudo, “a senhora ministra não se pode comprometer com uma data, diz que vai ser muitíssimo breve”, disse, comparando que “a estadia” de Maria do Céu Antunes no Ministério da Agricultura também “vai ser breve”, uma vez que há eleições a 10 de março.

Daí que, segundo o agricultor, a ministra esteja “em crer que, até às eleições, esse assunto está resolvido”.

Ainda assim, António João Veríssimo admitiu aos jornalistas que existem “muitos mais assuntos para tratar” com o ministério que tutela o setor e que “foram aflorados nesta reunião”, mas os são para serem resolvidos no futuro: “Os prementes, que eram estes, foram tratados”.

“Eu acho que temos de estar satisfeitos. Não vamos jogar foguetes de alegria, porque nada disto é novo. Se nós andarmos para trás, isto é o que era devido há sete ou oito meses atrás, portanto, nada de euforia”, alertou.

Mas, com estes protestos realizados na rua, “esforço e a sociedade civil mobilizada”, o que os agricultores conseguiram, de norte a sul do país, foi “aquilo que diziam que era impossível” quando começaram “a reclamar”, congratulou-se António João Veríssimo.

 

Fotografia de jn.pt