Empreendedorismo social, negócio social, economia social.
Persiste um certo preconceito com estes conceitos, que parecem encerrar em si um paradoxo ou uma incompatibilidade "moral", eventualmente justificada pela matriz judaico-cristã da cultura europeia, que coloca no plano amoral o ganho, distinguindo-o do que são as necessidades sociais.
Mas não é possível continuar a contornar o problema na medida em que é crescente o número de iniciativas voltadas para o bem comum e que representam uma oportunidade de negócio. Em todo o mundo.
Será difícil nomear uma qualquer cidade, mesmo no mais desenvolvido ocidente, onde não persistam problemas sociais que envolvem objectivamente políticas públicas. Esses problemas podem representar oportunidades de empreendimento com o objectivo de melhorar o meio onde vivemos, através do investimento social. E onde há oportunidades, há empreendedores com ideias inovadoras e capacidade de agir, em projectos que envolvam a sociedade. E onde tem que haver um conjunto cada vez mais amplo de empresas com responsabilidade social.
O estado da arte desta nova abordagem aos problemas sociais e na procura de soluções coloca-se neste momento na construção de redes entre empreendedores sociais de todo o mundo e na partilha entre si de experiências, ideias e resultados que se pretendem multiplicados até a sua generalização. Tomemos como exemplo o
Movimento IDUN, uma rede de profissionais que mobiliza e partilha as suas competências e experiências para construir e desenvolver projectos, eventos e iniciativas inovadoras.
Esta rede ajuda a construir start-ups, organizações e carreiras profissionais voltadas para o bem comum, promove soluções sustentáveis para o empreendedorismo e inovação social para os problemas e necessidades de sociedade e define muito objectivamente como propósito maior a felicidade e ligação aos outros e o resultado entre o que se gosta de fazer, o que se faz bem, o que se recebe por isso e do que necessita o mundo. E como?
A conferência Empreendedorismo e Inovação Social em Rede Pelo Bem Comum - O caso do Movimento IDUN, no Fórum Eugénio de Almeida, em Évora, a 5 de Novembro, é uma boa oportunidade para saber como, até porque conta com
Gines Haro Pastor, fundador do movimento, consultor e formador em empreendedorismo e inovação social, com um longo percurso internacional e um conjunto amplo de distinções na área social, como por exemplo a
RSA Fellow UK.
Gines Haro Pastor deu início a projetos e empreendimentos sociais em países como Equador, Reino Unido e Espanha. Para além disso tem participado em programas em universidades de prestígio, como Navarra, Mondragon University College London (UCL); instituições como a AECID (Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento da Andaluzia) ou ligados a Organização das Nações Unidas ONG WYSE internacional.
No The Guardian trabalhou na criação da rede dos maiores empreendedores sociais do mundo. Através de seu trabalho tem tido a oportunidade de trabalhar e entrevistar centenas de empreendedores sociais, incluindo alguns dos mais reconhecidos como o vencedor do Prémio Nobel Muhammad Yunus.
As inscrições para a conferência são gratuitas, mas estão sujeitas a inscrição prévia até dia 31 de Outubro e estão limitadas à capacidade do auditório onde decorrerão. Elas podem ser feitas
aqui.