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Debate político. Uma arte onde está na moda ser alarvemente medíocre

Depois de termos sido recentemente presenteados por Susana Garcia e pelas suas palavras cravejadas de um, já esperado, decoro pataqueiro e relambório, onde afirma sem constrangimento que “espera que o Bloco de Esquerda seja exterminado”, onde posteriormente refere, só após interpolação provocativa do entrevistador, que “também espera que o Chega vá pelo mesmo caminho”, é que o país tomou noção do escasso calibre do tal banho de ética apregoado por Rui Rio, a água desse banho aparenta já ter lavado uma família inteira, de tão encardida que está.

Blockchain, o novo “Novo Mundo”

Blockchain, Bitcoin e Criptomoedas, são três termos que já começam a não ser possíveis de evitar, até pelos menos atentos. É já comum ouvirem-se ocasionalmente estas expressões nos vários meios de comunicação, no entanto, a informação que nos vai chegando atualmente ainda peca pela escassez e superficialidade. O desconhecimento da sociedade face a estes temas é ainda muito acentuado, havendo consequentemente uma postura de desconfiança e cepticismo quando se fala do assunto.

O Chega está a fazer no Alentejo o mesmo que fez o PCP nos anos 70

Está a dar algo em que acreditar a quem se sente explorado, esquecido, abandonado e desconsiderado, ainda que as suas soluções sejam intangíveis, fantasiosas, simplistas e insignificantes como eram as do PCP.

Trump. O vírus que veio para fortalecer o sistema imunitário democrático

Foi na manhã do dia 9 de novembro de 2016 que acordei com a notícia de que Donald Trump havia sido eleito presidente dos EUA, de longe a prenda de aniversário mais inusitada que alguma vez recebi, devo dizer.

À data recordo-me de ter recebido a notícia com choque, porque embora a probabilidade de Trump vencer fosse muito equivalente à de Hillary, o meu eu racional mais sensato sempre acreditou que à boca das urnas o povo americano decidisse eleger alguém mais previsível no seu comportamento e mais apto para o cargo.

Assalto ao Capitólio? Que surpresa!

É de facto surpreendente que trinta mil pessoas se tenham juntado em Washington D.C. para participar num inocente comício de rua e de repente tenham marchado em direcção ao Capitólio e invadindo o dito cujo!

É surpreendente porque é algo inaudito, diz-se que a última vez que o edifício foi alvo de intrusão foi em 1814, pelo exército inglês quando este tentou reconquistar os Estados Unidos através do território do Canadá. E curiosamente, já os últimos invasores também usavam uniformes vermelhos!

“Cultura de Cancelamento”, o cianeto das democracias

A expressão “cultura de cancelamento” tem vindo a marcar cada vez mais uma presença frequente no palavreado da opinião pública ocidental, sendo ela todo um conceito ancestralíssimo nas várias sociedades humanas ao longo da nossa história civilizacional. Os gregos chamavam-lhe “ostracismo”, que consistia numa punição onde quem fosse declarado culpado de atentados contra a liberdade pública era severamente condenado a abandonar a Cidade-Estado durante um período de dez anos.

Dar a vida para fazer o que está certo

É o dever e a missão de qualquer força de segurança garantir o bem-estar, a defesa e a protecção da comunidade que preserva, em última instância, mesmo com o sacrifício da própria vida.

É esta a essência do juramento feito por quem tem a valentia de fazer parte de uma instituição que zela pela protecção de todos, especialmente quando as circunstâncias de ser guarda, de ser polícia ou de ser militar, nesta nação, não sejam as mais atractivas, as mais favoráveis, ou as mais justas.

Das decapitações e fuzilamentos da nova vaga de terrorismo às malfadadas aulas de Cidadania

Não é necessário estar muito atento às notícias para entender que assistimos hoje ao ressurgimento de uma nova vaga de terrorismo jihadista na Europa. Em França há decapitações na via pública por via de um professor ter mostrado caricaturas de Maomé numa aula sobre liberdade de expressão. Na Áustria um homem passeia-se por Viena com armamento de guerra matando tudo quanto encontra. Assim estamos, mais uma vez.

Moçambique não é menos que Timor

Aquilo a que hoje se assiste em Cabo Delgado só poderá ser comparado ao pior período da guerra civil. Desde há vários meses que a violência dos grupos armados tem vindo a subir, com fortes suspeitas de que estes se tenham juntado ao Daesh para obtenção de treino e armamento. A pegada deixada por estes grupos nos últimos meses cada vez mais se assemelha aos níveis de crueldade e asquerosidade das acções perpetuadas pela dita organização jihadista.

De George Floyd ao Padre António Vieira. Como uma causa justa degenera

De 25 de Maio a 11 de Junho vão apenas 17 dias de intervalo. A primeira data assinala o bárbaro assassinato de George Floyd, acerca do qual já muito se disse, ainda que, esse muito, peque por insuficiente. A segunda data assinala o ignorante e absurdo acto de vandalismo à estátua do Padre António Vieira em Lisboa. E como se todo o cenário não fosse já suficientemente pintado de tragédia, para piorar, ambas as situações acabam por estar tristemente interligadas.

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