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A FÁBRICA DE PROVÉRBIOS

Máximas, axiomas, adágios, provérbios, ditados populares ou anexins, sempre os ouvimos, supostamente, desde a mais tenra infância. Infelizmente, no meu caso, por ter nascido e crescido no estrangeiro, aprendi poucos ditados populares portugueses quando era criança.

Quando, aos dezanove anos optei por vir para Portugal, apercebi-me de que ignorava grande parte dos provérbios portugueses. Assim, comecei já com um handicap essa minha aventura pelas letras lusas. E se creio ter superado a minha insipiência lexical, fiquei com esse calcanhar de Aquiles.

CANONIZAÇÃO LITERÁRIA OU BEATIFICAÇÃO?

Hoje, trago-vos algumas questões que tenho vindo a colocar-me no que respeita à elaboração dos programas de Língua Portuguesa porque, não sei se repararam, mas há anos que se insiste no mesmo. De facto, e sem considerarmos questões relativas ao funcionamento da língua, temos, entre enfado e bocejos dos alunos, no nono ano de escolaridade, as seguintes obras de leitura obrigatória: Os Lusíadas de Camões e O Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente, tudo do século XVI.

PALIMPSESTOS

Há já algum tempo que pretendo escrever sobre as relações transtextuais porque são, a meu ver, a pedra basilar da Literatura, em virtude de possibilitarem o estabelecimento de relações complexas e intrincadas entre os textos. Apesar de ter sumariamente abordado os hipertextos noutra crónica dedicada à Literatura Popular e de ter referido as relações de intertextualidade ainda noutra em que se falava de chapéus, na verdade, não sabia exatamente como introduzir o tema.

PEQUENA CRÓNICA DE NATAL

Nesta quadra natalícia, pensei que dedicar um dos meus devaneios quinzenais à Bíblia, livro por excelência, cujas tramas narrativas constituem a base de tudo o que se tem vindo a escrever até agora, seria adequado. No entanto, o nascimento de um menino, em si, não tem nada de realmente inovador. Na verdade, o que despertou a minha atenção, aquando da leitura atenta dos acontecimentos que antecederam e sucederam o nascimento de Jesus Cristo, foi a importância do espaço onírico.

UMA EXPERIÊNCIA ECLÉTICA

Não há mestre que não possa ser aluno” - Baltasar Gracián

ÚLTIMA HORA: BATACLAN DE DEATH METAL EM PÓVOA DE LANHOSO

Nos últimos tempos, apesar de não assistir com frequência a programas televisivos, tenho vindo a aperceber-me de que, contra as advertências da minha mãe, afinal eu tinha razão, na televisão aprende-se pouco. Para mim, é apenas um mero instrumento de lazer, por isso é que só me sento alguns minutos por semana frente ao televisor, vendo muitas vezes já para dentro (para desespero do companheiro) alguma série ou filme.

ENTRE A ARTÉRIA HUMORAL E A VEIA CÓMICA

No dia 5 de novembro, tive o privilégio de assistir às jornadas científico-pedagógicas promovidas pelo Departamento de Linguística e Literaturas da Universidade de Évora, intitulada o Humor, as Línguas e a Literatura, sendo as referidas jornadas o ponto de partida desta reflexão.

O DELOREAN, MARTY McFLY E OS PARADOXOS TEMPORAIS

Como o sabem os caros leitores, sobretudo os que tiveram a sorte de nascer no fim dos anos setenta e de ter sido pré-adolescentes no fim dos anos oitenta, no dia 21 de outubro 2015, Marty McFly, protagonista da trilogia de filmes Regresso ao Futuro, chegou no DeLorean com seu amigo Doc (Emmet Brown) e a sua namorada, Jennifer.

FALANDO DE LITERATURA ORAL, POPULAR E TRADICIONAL

Quando se fala de Literatura oral, à partida, como o nota Manuel Viegas Guerreiro na obra ”Para uma História da Literatura Popular Portuguesa"1, existe uma contradição porque a Literatura é associada à escrita, já que etimologicamente a palavra Literatura refere-se à escrita, às letras, no sentido estrito do termo, portanto ao carácter do que é escrito.

NO REMANSO DAS PALAVRAS INQUIETAS

“E sabem a mosto, a sol… a vida
a insónia, a boémia… a poetas
estes versos feitos à medida,
no remanso das palavras inquietas”

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