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O Mú

Hoje não é nenhum dia especial. Muitas coisas certamente terão ocorrido neste dia, em cada um dos anos que antecederam este especificamente e tantos outros dias o sucederão no futuro. Não é dia nenhum, salvo algo aconteça que faça mudar o evento.

Porém, este texto não é sobre o dia 4 de março. Poderia ser, mas não é. É sobre o Mú! Ah…

Entre vós, quem sabe o que é o Mú? Espero pra vossa resposta antes de a escrever aqui neste breve trecho?

Confissão

Confesso que os pensamentos derivam além do leito da minha imaginação e racionalidade. Uma sexta-feira à noite em casa é um momento de pensar na confissão do que foi o resto da semana.

Um pé maior que o outro

Era um sábado. As feiras terminariam pouco depois do meio dia. Tinham começado muito cedo. Ainda o dia não tinha nascido, já o reboliço no lugar da feira começava a mexer. A feira era isso mesmo, tudo a acontecer naquele lugar, o gado a chegar vindo de tantos lugares, tão desconhecido de tanta gente e, sem pretensões, todos se encontravam ali, no mesmo lugar.

Desígnio

A Professora preparava-se nervosa, como se fosse a primeira vez que o fazia, para dar a sua última aula. Tinha passado uma vida inteira e no dia em terminava a sua carreira, parecia estar mais insegura que nunca. Por vezes, nos momentos de glória, o nosso nervosismo ataca-nos e submete a nossa autoconfiança à prova.

Vestimenta

Hoje de manhã, a criança quando se levantou tinha já a roupa separada pela mãe e de parte para vestir. Eram 6 da manhã, mas era o horário do costume que tinha para se levantar, tomar banho e apanhar a carrinha para ir para outro lugar.

Campos de arroz

Escondidos no meio da imensidão que era aquele país, os campos de arroz fecundavam dia após dia. Rodeados de montanhas, descansavam num terreno plano, divididos em parcelas que cada família cuidava. Homens e mulheres passavam os dias com os pés enfiados nas águas que alimentavam os pés de arroz, picados incessantemente por mosquitos de estirpes várias. Umas vezes traziam consigo malária, outras sugavam apenas algumas gotas de sangue. Quase todos tinham já experimentado uma ou outra situação.

A morte

Todos os momentos são propícios a reflexão, sejam eles mais alegres ou mais tristes, mais gratificantes ou mais dolorosos. Ontem, dia 20, só num dia, quatro pessoas amigas e conhecidas, do meu círculo pessoal, partiram para o descanso eterno, como todos nós gostamos de pensar. Imaginar aqueles que mais amamos num lugar belo, conforta-nos e alivia a nossa dor. Alivia, porque essa dor, creio, nunca nos abandona.

Janeiro

O mês tinha começado com um frio moderado. O pior não era o frio em si, mas o vento e a chuva que se fazia sentir no monte. Quando falamos de montes no Alentejo, falamos das casas que se espalham pelas serras ou planícies.

Janeiro não era assim tão diferente dos outros meses, nem o era das outras pessoas a pessoa de quem falamos. É verdade, também se chamava Janeiro o homem que morava no monte.

A planta

No dia em que foi à grande superfície, que poderá ter sido qualquer uma, a mulher de cabelo encaracolado sabia que havia alguma coisa que teria de forçosamente trazer consigo para casa.

Linda de Suza, ou a nossa mala de cartão

Começa o ano de 2023. 2022 foi, à semelhança de muitos outros anos que o antecederam, e muitos outros que o seguirão, um ano repleto de acontecimentos bons e maus. Talvez mais maus que bons, neste especificamente.

2023 começará cheio de esperança, de boas novas, de desejos de prosperidade e felicidade. Aquilo que todos nós desejamos e que, lá para meio do ano, percebemos que as coisas não vão ser bem assim.

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