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Ideias

Estavam muitas pessoas juntas num espaço pequeno. Eram tantas pessoas que o oxigénio no espaço se tornava rarefacto. Poderia este espaço onde acontecem os eventos uma carruagem de comboio ou de metro. Algumas, aqui na cidade de Nova Iorque, em horas de ponta, são tantas que não há espaço para respirar. Parecemos sardinhas em lata. Parece que não consegue entrar ou sair ninguém desse espaço exímio.

Histórias

Quando eu era pequenino, a minha avó e os meus pais e as pessoas mais velhas contavam-me muitas histórias.

Todas as noites, perto da lareira, criavam e descreviam mundos e lugares tão maravilhosos e tão aterradores que até hoje não me esqueci deles.

A capa invisível

A capa era invisível, ou seja, ninguém a consegui ver. Tratava-se de uma capa poderosíssima cujo real valor só seria possível determinar se fosse visível. Assim acontece com tantos outros aspetos ou objetos nas nossas vidas. Há coisas que por não serem visíveis, não lhe conseguimos dar o real valor.

Esta capa movimentava-se livremente entre vários lugares, chegando e partindo sem que ninguém se apercebesse. A capa, se falasse, teria muitas histórias para contar. Infelizmente, não era o caso.

O mel

Claro que a manhã começa com os primeiros raios de sol. Claro que nesse mesmo sol se baseiam todas as expectativas de vida, não só de um mas de todos os seres vivos. Entre esses seres estão os humanos, os racionais, os irracionais, os vertebrados e os invertebrados. Muitos deles são vegetais. Alguns chamados de insectos.

É incrível como cada pequeno pormenor está interligado entre todos estes seres. Aqui, tenhamos atenção, há toda uma cadeia envolvida. Desde o pólen, até à inseminação das plantas, do nascimento das frutas até ao apreciar dessas mesmas frutas.

Ser feliz

Ser feliz é uma decisão de cada dia, todos os dias. Acordar pela manhã com todos os nossos pensamentos e problemas que se prolongam da noite seguinte para esse dia que nasce, é um ritual pelo qual todos já passámos.

Em muitos dias, face aos desafios, às amarguras e às alegrias, sentimos diversas emoções, diversos sentimentos que nos assaltam ou estão presentes na nossa mente.

Ser feliz é tão difícil como conseguir ganhar o Euromilhões, há quem diga. Há sempre algo que nos falta, sentimos.

Sexta-feira santa

Talvez se tenha tornado um hábito entre as gentes do Alentejo. Ninguém sabe muito bem a que remontam as tradições. Corrijo, talvez se saibam bem as origens e sei que muitos as estudam e chegam a conclusões que explicam, ou tentam explicar.

Falamos deste dia e do respeito que se observa entre as gentes da planície e da montanha. Se nas vilas e nos lugares próximos das igrejas toda a tradição que acompanha o sofrimento de Cristo, na semana santa, é respeitada, nos montes mais distantes da igreja, a vida vive-se com aquilo que potassium de gerações em gerações.

Melodia leve

Bem sei que 1 de abril é o dia das mentiras. Sei também que quase todos já ousámos fazer piadas e enganar aqueles próximos com alguma notícia enganadora ou uma mentira inocente.

Houve já casos em que essa brincadeira, amplamente divulgada por órgãos de comunicação social se tornou virar e afetou a vida de muitos que acreditaram na falsa verdade, ou seja, na mentira.

A ameixeira

Neste mesmo dia, durante várias estações e vários anos, no preciso local onde nascera a primeira semente, nasciam três hoje.

A primavera tinha começado há uns dias mas naquele amplo plano, coberto de árvores de fruto, entre as mais jovens e as mais envelhecidas, as árvores sentiam a presença uma das outras mas não falavam entre si.

No meio de todas estas árvores, há muitos anos atrás, entre amendoeiras, cerejeiras, macieiras e pereiras, nascera uma ameixeira.

Um ramo de papoilas de esteva

Era dia de casamento lá na aldeia. Há muito tempo que ninguém casava. A aldeia também parecia que tinha morrido antes de todos os habitantes morrerem.

Infelizmente, assim acontece no sítio a que chamo a minha casa, no lugar onde nasci! Não há jovens que estejam em idade de casar. Antigamente, não sei porque, moços e moças casavam com vizinhos. Tantos casais surgiram nestas aldeias. Terá sido porque não havia ligação com pessoas de mais longe? O que nos faz apaixonar por alguém?

Aplicação

Comprei um aparelho novo que faz chamadas e me permite estar em contacto com todo o mundo e, em algumas situações, com o além (pelo menos é o que aparece escrito na publicidade).

O novo aparelho é commumente designado como telemóvel ou smartphone. Dizem-me que abre portas e janelas e mundos e tudo. Era um modelo não muito moderno, mas seria aquele que me iniciaria na narrativa do mundo dos telemóveis e das coisas que vivem dentro dele.

Essas coisas, aprendi, chamam-se aplicações. Há-de de todo o tipo, para todos os gostos.

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