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A Amazónia não é de esquerda nem de direita

Um dos piores inimigos das democracias atuais é esta divisão simplista, pueril e ultrapassada de esquerda/direita, aliada ao ódio, cegueira coletiva e alienação que provoca. Não discutimos políticas, não analisamos resultados nem consequências, é tudo visceral e nada racional, é bom porque é de esquerda e mau porque é de direita, ou vice-versa, dependendo da pala que cada um decidiu vestir. Não conseguimos andar em frente, porque todos queremos andar para o lado, cada um para o seu lado.

O sindicato bom e o sindicato mau

Este governo foi pródigo em deixar-nos novos conceitos em democracia. Mas talvez o mais pernicioso de todos seja este com que nos brinda no final: a ideia de que os sindicatos são bons se, nas mãos da UGT ou da CGTP, puderem ser instrumentalizados para atacar um governo hostil, mas passam a ser maus se, independentes, decidirem atacar-nos no momento em que mais nos dói. Foi um modelo de argumentação tentado com os enfermeiros, mas agora verdadeiramente executado com os motoristas de matérias perigosas.

Os Donos Disto Tudo

Eles instalaram-se no Estado, controlam o aparelho, manipulam o sistema, e destroem a democracia. São arrogantes porque são poderosos. Vivem no Estado e do Estado há anos, há décadas, a vida inteira, alguns há várias gerações.

São avaliados, escrutinados e criticados, mas riem-se de tudo isso, porque lhes é inconsequente. O poder pertence-lhes porque o povo, manso, obediente, intelectualmente preguiçoso, prefere o conforto do Estado paternalista à responsabilidade trabalhosa de pegar na Liberdade com as duas mãos.

Onde é que vocês estavam em 2019?

Em 1933, o recém-empossado regime Nazi organizou um boicote nacional às lojas detidas por judeus, bem como aos seus gabinetes de médicos e de advogados. A Estrela de David, pintada de amarelo e negro, foi usada para identificar os estabelecimentos, juntamente com frases como “Não compre aos judeus” ou “Os judeus são a nossa desgraça”.

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