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BLUE VELVET/ 1986 (Parte 1)

Blue Velvet (ou as dores de crescimento segundo o método Lynch):

BLACKSTAR – BOWIE NEGRO

Blackstar é um disco extraordinário. Que não podemos amar nem um pouco mais nem um pouco menos. Digamos que está para lá de uma certa percepção: o entendimento dos homens.

Um homem aguarda a morte próxima. Um homem idolatrado (forma de amor dedicada aos temperamentos criativos) por milhões que nada sabem sobre a presença iminente dessa morte – e por isso vista como extravagância quando confirmada.

A morte dos semideuses, aqueles que (por determinação, imersos num profundo desejo, tão próximo do sonho de criança) deixámos em devido tempo realmente de ver como homens.

YOUNG MR. LINCOLN

Young Mr. Lincoln (1939), de John Ford e Henry Fonda (e ainda bem)

SPRING BREAKERS, (DIS)HARMONY ACCORDING KORINE AND DESPERATION (OVEREMPHASIS) OF ME

Não podendo ser de outra forma, que seja desta: releio um texto (não suporto a palavra!) com alguns meses sobre Spring Breakers. Palavras exaltadas e pouco medidas. Como se não bastasse, releitura mal dormida, após uma mudança de hora que roubou pelo menos uma. Definitivamente volve-se contra a mão que o escreveu (não ao ponto de cuspir no prato onde come e terá de voltar a comer), forma derradeira e galhofeira de masoquismo, mas esta última apenas por estar travestido de trecho de diário, como uma dentada nos calcanhares de tempos a tempos com o propósito de evitar o esquecimento.

BULLET IN THE HEAD

Bullet in the head (1990), de John Woo

TESHIGAHARA, ABE, TAKEMITSU E THE FACE OF ANOTHER

TESHIGAHARA, ABE, TAKEMITSU E THE FACE OF ANOTHER (1966)

NEW QUEER, OLD FREEDOM: TRASH CINEMA

The Living End (1992), Um filme irresponsável de Gregg Araki

O New Queer Cinema foi (ainda existe?) um movimento artístico a que podemos desde logo associar três nomes: Tom Kalin, Todd Haynes e Gregg Araki. Na sequência lógica, podemos anexar três filmes aos três nomes: Swoon, para Kalin - Poison, para Haynes - The Living End, para Araki. Sem esforço, numa espécie de composição construtiva, ainda nos é possível ir buscar um outro nome e um outro filme, Gus van Sant e My Own Private Idaho. É reduzir ao mínimo, mas fiquemos por aqui. Os anos charneira foram os de 1991 e 1992.

JOHNNY GOT HIS GUN

"Johnny Got His Gun", 1969. - Notas Soltas, imberbes e potencialmente contraditórias:

 

Quando a vertigem é cliché, e o cliché se mantém como essência do simbolismo, o que dessa sequência (lógica) subjaz? Um regresso à inocência do olhar, que, por sua vez, é a máquina reguladora da ficção (cinematográfica)? Ou já não é?

Um ou outro spoiler são inevitáveis, o que nada retira a quem não viu. Joe foi para a guerra e obteve a sua arma. Uma vez lá, apanhado à traição por um estampido súbito, pouco lhe restou.

A IMPONDERABILIDADE EM OZU E SYD BARRET

Frases avulsas escutadas nos meandros nocturnos do pós-cinema ou nos intervalos festivaleiros com nomes de pequenas vilórias em tons garridos e narcotizados. Convencidos, claro está, nem tanto de si próprios, e mais pelas academias jornaleiras dos suplementos de fim-de-semana (cada vez com menos páginas, até que insiste-se, insistem, insistimos desaparecerão, como refluxos de tempos que já não voltam).

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