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The Great Valerio

Richard & Linda Thompson - The Great Valerio, extraído com todo o cuidado de I Want To See The Bright Lights Tonight

O doce sabor da melancolia facilmente se confunde no espírito com a profundidade de uma respiração candente, ou seja, (pres)sente-se como substância, mescla de gases e energia.

Uma vez que trabalha na mente, corre-se o risco do não reconhecimento imediato ou da confusão entre os estados físicos em causa. Mais ou menos assim: sim, roça no paladar e  (é)  sólido e  (é)  suave e pouco denso e sabe a algodão doce, e parece algodão doce.

Trump – Vírus e o indivíduo intrinsecamente doente?

Trump – Vírus e o indivíduo intrinsecamente doente? Vírus e a aceitação da crucificação, na sequência de algumas das mais belas e desencantadas palavras de Sixto Rodriguez (também conhecido por Sugar Man)?

Nos domínios da loucura… perdão, da perfeição.

John McEnroe – No Domínio da Perfeição (2018), Julien Faraut –

Les Yeux Sans Visage

Les Yeux Sans Visage (1960), de Georges Franju - Que os olhos mais tristes do mundo não tenham rosto parece o mais congruente dos princípios, dado o superlativo em causa, que aniquila tudo o resto. Tal como o que se segue: os olhos mais tristes, absorvidos por um extremo, não podem, muito naturalmente, deixar de ser absolutos na sua consequência – (na perspectiva do observador) são pontos de luz que uma vez descodificados, se tornam em poesia cristalina e estelar, devastadora.

I Won’t Stand You Down Kevin Rowlands

1982/1983 – Depois do extraordinário sucesso de Too-Rye-Ay, o segundo álbum de estúdio dos Dexys Midnight Runners e também o título de Long Play mais selvagem e irredutível de que há memória, Kevin Rowland, the leader of the band, acreditou que aquele era o momento certo para dar a conhecer aos então num

Woodstock vive (!) nos tempos de Donald Trump

Pelos padrões de 2019, o nome infame de Ronald Reagan leva, apesar de tudo, a memória colectiva para uma época de normalidade (talvez regularidade seja melhor palavra). Mas centremo-nos na infâmia: esta não remete exclusivamente para os anos subsequentes a 1980, quando foi eleito Presidente dos EUA, mas também para o final dos anos 60, quando defendeu com unhas e dentes o recrutamento em força na Califórnia, da qual era Governador (não, não foi Schwarzenegger o primeiro actor com parcos recursos dramáticos a ocupar o lugar – sendo que, felizmente, pouco mais os aproxima).

Alice nas Cidades

Alice nas Cidades (1974), de Wim Wenders

Joker

Finalmente!

E eis que do coração da indústria, em plena era da infantilização do espectador pela multiplicação de filmes dirigidos a adolescentes que, segundo os demiurgos de tal Ordem, e há quem solicitamente anteponha Nova a Ordem, não esperam complexidade nem desafio

Burning (2018)

Ou como fazer do absoluto desconforto um mistério apenas resolúvel pelo fogo, que é como quem diz, irresolúvel pelos padrões da carne + sangue pensante característica, na pior das hipóteses, do homo sapiens.

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