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Voto

Porque o voto “ainda” é uma arma

Sabendo que nenhuma questão responde a todas as outras, o levantamento de algumas interrogações, a que tenho assistido nesta campanha eleitoral, para além de nada esclarecer, só contribuem para desinformar e lançar duvidas que, pouco ou nada, têm a ver com o momento que vivemos. Apresentando o nosso tempo grandes vulnerabilidades e, continuando a viver em sociedades marcadas pelas desigualdades, os esclarecimentos tornam-se fundamentais para o clarificar de posições.

QUE GRANDE (DES) GOVERNO!!!

Hoje lá na associação “x” houve eleições. Haviam três listas de candidatos. A lista do Toninho, a lista do Pedrinho e a lista da Mariazinha (sim temos que respeitar a lei da paridade). Votos feitos e contabilizados, os resultados foram os seguintes

Pedrinho – 23 votos

Mariazinha – 12 votos

Toninho – 13 votos

Abstenção – 60 associados

ELEIÇÕES

Vamos ter eleições. Para o leitor importa reter isto.

Vamos ter eleições. É importante. Não porque marque o tempo. Não por isso. “Vamos ter eleições” não marca bem o tempo. De facto, marca-o, apenas, para “estarmos para lá de certa data”.

Isto se o leitor for de qualquer parte do mundo pensando em quase qualquer parte do mundo.

É certo que há partes do mundo onde nunca terão havido eleições. Portanto, dizer-se que vamos ter eleições é pouco importante, em termos cronológicos. Já dizer que vamos ter eleições em Portugal é completamente diferente… ainda que não muito completamente diferente.