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Terrorismo

E DEPOIS DO ADEUS

Depois de uma longa ausência (ou pelo menos assim pareceu) regresso hoje à minha coluna de opinião no Tribuna, e começo no dia que entra em vigor o Orçamento de Estado para 2016.

A primeira observação que tenho a fazer, é que, pese embora o governo tenha sido de umas eleições decorridas quase há 6 meses, só agora começa a gestão do Governo, porque a realidade insofismável é uma: António Costa começa a gerir segundo os pressupostos que o seu governo definiu.

MEDO?!?

Com as notícias recentes e a forma como são apresentadas, é comum os cidadãos tirarem conclusões distintas. A mim, o que me parece é que a comunicação social procura drama, tragédia, tudo aquilo que nos possa chocar! Não explora a notícia sucintamente, explora-a com detalhes mórbidos e que não interessam a ninguém. Basta verem o tipo de notícias sobre o atentado em Bruxelas ou mesmo notícias sobre os emigrantes que perderam a vida a caminho de Portugal.

ATÉ QUE NOS BATAM À PORTA!

O terrorismo foi-nos apresentado a muitos de nós, maioritariamente à minha geração, protagonizado nos grandes ecrãs pelos atentados de 11 de Setembro de 2001. Até à data arrisco-me a afirmar que pouca era a preocupação e conhecimento da população ocidental acerca deste tema, tão febril nos dias de hoje. Sabia-se que o terrorismo existia sim, mas “era coisa de terceiro mundo”, o tipo de desastre que só acontece aos outros…Porém hoje ele é tema bastante presente na nossa sociedade, senão até, o principal dos problemas da população ocidental. O terrorismo de outrora perdeu a sua dimensão espacial e temporal, não tem geografia, não tem nação, não tem raça e muito menos sentido tem. Orientado por ideais radicais assume uma forma completamente diferente daquela que conhecíamos. Hoje o terrorismo está na nossa casa, dentro das nossas fronteiras e torna-se cada vez mais imprevisível a sua ação.

TERRORISMO DE GUERRILHA

Em 2015, o Mali, Tunísia, Dinamarca, Quénia e a França, por duas vezes, foram atacados por radicais em nome do Islamismo. Ontem, a Europa voltou a viver momentos sangrentos, de medo e de puro horror.                                                                                  

Desta vez foi em Bruxelas, na Bélgica. Desta vez foi em pleno coração de uma cidade que recolhe as principais Instituições Europeias e que se encontrava em nível 3, de 4, no alerta contra o terrorismo.    

SILÊNCIO

Na semana passada, enquanto se preparava a crónica semanal, chegou a todos nós a notícia dos atentados de Paris.

Naquela hora, por muito que tentasse, as palavras faltaram perante o choque de um ataque bem no coração de Paris.

Ainda hoje, ao ouvir todos os relatos de sobreviventes, é difícil não engolir em seco perante tamanho acto de terrorrismo.

Talvez ainda mais do que se esperava, tendo em conta exemplos bem recentes, a Europa acordou para o risco de ataques terroristas eminentes.

ÚLTIMA HORA: BATACLAN DE DEATH METAL EM PÓVOA DE LANHOSO

Nos últimos tempos, apesar de não assistir com frequência a programas televisivos, tenho vindo a aperceber-me de que, contra as advertências da minha mãe, afinal eu tinha razão, na televisão aprende-se pouco. Para mim, é apenas um mero instrumento de lazer, por isso é que só me sento alguns minutos por semana frente ao televisor, vendo muitas vezes já para dentro (para desespero do companheiro) alguma série ou filme.

TESTIMONIUM IN CONSPECTU OMNIUM

Na passada semana, na sexta-feira, fomos uma vez mais confrontados com a face do terrorismo, radicais islâmicos intentaram um ataque no coração da Europa.

A comoção generalizada, potenciada pelo facebook, transformou o mundo ocidental em “Je suis Paris”, o que não deixa de ser hipócrita, afinal nas últimas semanas, foram mortos as mãos dos radicais, milhares de homens, mulheres e crianças. Não vimos antes “Je suis…” Síria, Rússia, qualquer geografia africana ou do Médio Oriente.

A ECONOMIA DA GUERRA E DO TERROR

Depois dos atos de terrorismo que tiveram epicentro em Paris e com abalos sentidos um pouco por todo o mundo, é-me difícil escrever a habitual crónica sobre economia m tocar neste assunto.

Sem dúvida que se tratou de uma tragédia sem palavras, de um horror e terror inqualificáveis e mais um daqueles exemplos que envergonham a Humanidade e que vou ter sérias dificuldades em explicar ao meu filho que tem agora 4 anos. Porque é que Homens fazem isto a outros Homens? Em nome de que? De quem?

AFINAL O QUE É O ESTADO ISLÂMICO?

Uma vez mais, e pelo piores motivos, o daesh, ou vulgarmente conhecido no ocidente como Estado Islâmico ou ISIS, é um grupo jihadista que obtém lucros da venda de petróleo (apesar da aviação norte-americana ter bombardeado alguns poços), tem armas e é organizado, controla vastas áreas da Síria e Iraque e aspira a ser um Estado. Para já dizem que a sua capital é Raqqa, uma cidade no norte da Síria, fortemente bombardeada ontem pela França.

"ENSEMBLE"

Nós estamos vivos. Outros como nós, ontem perderam as suas vidas às mãos de cobardes fanáticos.

Este é mais um texto que desejava não escrever.

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