Por Ricardo Jorge Claudino
.
A sombra do vento
cai sobre o chaparro;
fico com a sensação
de que o calor, exausto,
se deu por vencido.
Apenas aqui me sento
porque um alentejano
só se senta para pensar.
.
O vento sopra
e a sombra abraça-me.
.
Penso em negar-lhe o momento;
atroz este meu pensamento
que espera sempre mais
de quem dá menos.
.
Talvez tenha sido uma má escolha;
— mea-culpa,
há mais chaparros nesta terra e