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Sociedade

LIVROS

Na casa do Ti João havia uma prateleira cheia de livros. Embora não soubesse ler nem escrever, o Ti João gostava de ter livros em sua casa. Quando os netos o visitavam, a casa enchia-se de alegria e os livros saíam da prateleira e andavam de mão em mão como as pombinhas da Cat’rina. Mais do que os seus livros, o Ti João amava os seus filhos e os seus netos. As lágrimas escorriam-lhe pelo rosto abaixo quando ouvia o barulho do carro deles, a virar a encosta, o qual lhe transformava os dias taciturnos e fazia com que as nuvens que cobriam o Sol se dissipassem, como o nevoeiro, nas manhãs frias.

8 SINAIS QUE AS PESSOAS USAM PARA JULGAR OS OUTROS

A partir do momento em que duas pessoas se encontram, elas começam imediatamente a "tirar as medidas uma à outra", à procura de sinais de qualidades como honestidade, inteligência e altruísmo.

Quer se trate de simples encontro ou de uma entrevista de emprego, todos os detalhes contam  - desde a firmeza de seu aperto de mão até o número de vezes que olha para o seu próprio telefone durante o encontro.

PROPOSTAS LIVRE

Dos partidos independentes, o Livre é, provavelmente, o que mais impacto tem causado nos últimos tempos, quer pela forma de actuação, quer pelo incentivo à participação dos cidadãos nas tomadas de decisão programáticas.

Com o lema “Avançar agora para recuperar o futuro”, o Livre apresenta-nos as suas linhas programáticas, disponíveis em http://tempodeavancar.net/?page_id=875.

Em primeiro lugar, o Livre avança com a proposta de reestruturação da dívida como relançamento do investimento. Tal como já foi aqui anteriormente defendido, o Livre defende a união com outros países da União Europeia por forma a conseguir melhores resultados na renegociação da dívida.

De seguida o Livre propõe o aumento do crédito às empresas, medida essencial mas que, necessariamente, tem sempre de ser aplicada com cautela. Não nos podemos esquecer que a facilidade de crédito levou à crise financeira da qual Portugal ainda luta para sair.

“NO FIO DA NAVALHA"

Terá lugar em Évora, na próxima terça-feira, dia 14, a inauguração da 3ª Exposição Nacional de Artes Plásticas e Saúde Mental “No Fio da Navalha".

De acordo com o Curador da exposição, Luís Leite Rio, “A exposição pretende desmistificar a noção que a maior parte das pessoas tem de que um doente não possui as mesmas capacidades artísticas de qualquer outra pessoa. Não é verdade e, por vezes, até tem essas capacidades num grau mais desenvolvido.”

ESTUDOS DE OPINIÃO: INFORMAR OU INFLUENCIAR?

Com a proliferação de estudos de opinião nos media (novos e tradicionais), o cidadão comum tem acesso a informação, sobre as preferências e atitudes dos seus co-cidadãos, que poderá influenciar as suas tomadas de decisão, sejam elas de consumo, eleitorais ou outras.

No caso particular das sondagens pré-eleitorais, está comprovado que os resultados difundidos afectam a decisão de voto no dia das eleições, ao fornecer indicadores que alteram a expectativa do eleitor quanto ao resultado das eleições.

A VERDADEIRA ATITUDE EUROPEIA

Esta semana faço uma pequena pausa na análise dos programas eleitorais, dada a situação eminente em que a Europa se encontra.

A situação em que se encontra a Grécia é, no mínimo, inédita.

Um País com graves problemas económicos e sociais tem à sua frente (finalmente, diga-se) alguém com coragem de se manter fiel às promessas que fez no seu programa eleitoral.

Tsipras prometeu que não traria mais austeridade para o País, estando a fazer com a Alemanha o mesmo que esta fez há alguns anos: atrasando a decisão final até ao máximo possível.

À MESA DO RESTAURANTE

Cheguei ao restaurante pouco passava das nove horas da noite. Uma rapariga de aspeto baixo e magro esperava os clientes com um bloco de notas escrito e rasurado à porta. Olhou-me e perguntou para quantas pessoa era a mesa. Respondi-lhe que estava sozinho e não esperava mais ninguém. Pediu-me, num gesto de simpatia algo forçada, por se tratar do seu trabalho, que me sentasse no balcão que servia de bar e outros como eu aguardavam mesa para se sentarem. Alguns deles, em grupo, falavam de assuntos tão diferentes como a política dos seus países, a noite no bar, na semana passada o curso de surf e de mergulho… Outros sentavam-se simplesmente em casais e olhavam-se sem adiantar muitas palavras. Sentei-me no meio de dois casais e pedi um copo de vinho tinto, um cabernet sauvingnon do Chile. Comecei a observar os que já se encontravam a jantar e aqueles que esperavam ainda.

SOMOS TODOS POLÍCIAS! – Parte II

A semana passada a crónica Economicamente Falando abordou a problemática de se ser polícia fiscal. Continuamos na saga dessa excelente profissão esta semana!

No dia em que nasce a ideia para escrever esta crónica, acabo de ler uma notícia de um jornal a dizer, e cito, “Justiça protege os devedores de IVA”. A minha primeira reação é de indignação, até porque acho que a justiça não deve pactuar com devedores. Se calhar é mesmo preciso polícia fiscal… Ou então…

CRIANÇAS E JOVENS: OS FIADORES DA DÍVIDA PÚBLICA

Atualmente, o Estado Português deve aos credores um valor superior a 200 mil milhões de euros. Quem vai pagar esta dívida? Aqueles que ainda estão por nascer, as crianças e os jovens. É sobre eles que recai, verdadeiramente, a garantia de pagamento. A dívida pública é um fardo que estão a colocar às costas dos nossos filhos, netos e bisnetos...

Mas, como se isso não bastasse, são as crianças e jovens os que mais sofrem e que mais são afetados pelo risco de pobreza. Foram pelo menos 500 mil as crianças e jovens que perderam o direito ao abono de família entre 2009 e 2012 e muitas outras viram o seu valor ser reduzido. Consequência das medidas de austeridade, que também arrastou mais 35 mil crianças para uma situação de carência alimentar.

ROSTOS

As fotografias captam os rostos das pessoas e escondem-nos em livros onde todas as histórias são contadas. Conheço o mundo, os rostos deste mundo, os de todas as raças pelo olhar filtrado pelos rostos do Alentejo. Os livros, os computadores e todo o conhecimento dizem-me que o mundo é redondo e a estatística que nós somos sete mil milhões de rostos neste mundo, que caminhamos cada dia com o olhar de ontem e o de amanhã. Mas, cada um é diferente de todos os outros. Seja em que parte do mundo for, as fotografias dos rostos das pessoas são a memória do seu olhar, da idade gravada no rosto, as rugas que são regatos feitos pelas lágrimas, os cabelos são não mais do que o anoitecer de cada dia em tons grisalhos como se um nevoeiro se apoderasse do tempo e da idade. O lugar onde o rosto é fotografado faz parte de cada um de nós. O meu rosto é a fotografia do Alentejo, o Baixo, esse onde as espigas se refletem no rosto queimado do Sol.

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