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Sociedade

VERTIGENS

Andava em cima das ripas e dos andaimes como se fosse um bailarino. Andava tão alto nos andaimes e dançava ao som da música que o velho rádio tocava incessantemente desde as 8 da manhã, hora de pegar o trabalho, até às 5 da tarde, hora de largar o batente. Parecia um dançarino sem calças de licra. Tinha, no lugar das sabrinas de dança, botas de trabalho pingadas com restos de cimento e o pó da areia e do próprio cimento em si.

CICATRIZ

Caiu quando era pequenino. Andava brincando junto do monte, em cima de umas rochas e escorregou, bateu com a testa numa das pedras e fez um largo golpe, de onde o sangue começou a jorrar de imediato. O miúdo assustou-se e começou a chorar incessantemente, enquanto as lágrimas e o sangue se misturavam e desciam a sua pele de criança. As pestanas e a sobrancelha do lado esquerdo, onde a pedra fizera o corte estavam, todas elas ensanguentadas.

AS FIGUEIRAS DO BARLAVENTO

Antonieta deitou-se cedinho nesse dia. Mal o sol escapuliu atrás do monte e das azinheiras, comeu as sopas de pão junto com a família e pôs-se debaixo das mantas que, nessa altura do ano eram poucas pois os dias de calor já tinham chegado e não dava jeito nenhum dormir com mantas pesadas e quentes em cima, mais a camisa de dormir, num colchão de barbas de milho. Bem, com mais ou menos calor lá adormeceu tendo sempre na cabeça a manhã do dia a seguir.

70 MIL RÉIS

Uma história tantas vezes contada e vivida

 

O TALEIGO

ta·lei·go 

(árabe ta'lîqa, saco, bolsa)
 

substantivo masculino

1. Saco longo e estreito.

2. Cesto ou saco para transportar comida.

"taleigos", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/taleigos [consultado em 05-01-2017].

 

2016 UM “ANO DE LOUCOS”

Com grandes perdas

O ano de 2016 foi sem dúvida marcado por perdas, pelo desaparecimento de grandes personalidades que marcaram o século XX.

Em todas as áreas da sociedade perdemos pessoas que deram um grande contributo nas conquistas da humanidade e do país: Muhammad Ali e Cruijff no Desporto; Prince, David Bowie e Leonard Cohen na música; Almeida Santos na Política; Alan Rickman e Nicolau Breyner na representação; Umberto Eco pelos contributos historiográficos ou João Lobo Antunes e Nuno Teotónio Pereira na Medicina e Arquitectura, respectivamente.

DISCUSSÕES FAMILIARES? NORMAL

É quase impossível existir uma refeição, ver um filme etc. durante esta época festiva onde não exista uma discussão entre familiares.

E há filmes que costumam passar nesta época festiva e em que “arte imita a vida” e que expressam e exemplificam a vida real durante o Natal; recordamos “Sozinho em Casa”, “Amor acontece”, “Natal em família”, “Um Natal muito, muito louco” entre outros. Perante estes filmes, se não no total, pelo menos parcialmente, despem milhares de famílias por esse mundo fora e expõe algumas dessas realidades.

NO ALENTEJO FUMA-SE MUITO

É o que referem os Anuários Estatísticos Regionais de 2015 que o INE – Instituto Nacional de Estatística tornou públicos esta semana.

Os resultados referem-se a 2014 e abrangem todo o território nacional.

Ao nível do tabaco, o Alentejo é uma das regiões onde mais se fuma com 18,3% acima da média nacional, ultrapassado pelos Açores (23,3%), pelo Algarve (20,7%) e pela Área Metropolitana de Lisboa (18,7%).

ALERTA SPOILER NATAL: O SEU PRESÉPIO ESTÁ ERRADO

É tradição que, chegado o Natal, os presépios toem os seus lugares de destaque.

Há de todos os tipos: antigos, modernos, de barro, de madeira, de material reciclado, de papel, mais tradicionais e menos (muito menos) ortodoxos como o presépio inspirado pela febre dos zombies provocada de “The Walking Dead?” ou por star Wars, ou na Irlanda com duendes e cerveja Guinness.

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