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Rita Paias

E agora Catalunha?

A escalada de violência em Barcelona aumenta a olhos vistos. Todos os dias aumenta o número de detenções e de feridos nas manifestações de origem pacífica pela libertação dos políticos detidos aquando do referendo independentista.

Toda a revolta contida desde a detenção dos políticos independentistas acabou por rebentar com a decisão do supremo tribunal de aplicar penas pesadíssimas a estes protagonistas pela independência da Catalunha.

Noite eleitoral

À hora em que esta crónica se encontra a ser escrita, os resultados ainda não se encontram fechados.

No entanto já se registam algumas certezas: a vitória do PS, sem maioria absoluta, a queda do PSD, a ainda maior queda do CDS, a continuidade do BE como terceira força política, a subida do PAN (até agora com quatro deputados) e a entrada de três novos partidos para o Parlamento, Iniciativa Liberal, Chega e Livre.

Um novo ano, o mesmo problema

Esta semana saíram as colocações no Ensino Superior. Com o conhecimento da Universidade em que ingressaram, muitos estudantes enfrentam agora o desafio de encontrar um quarto ou uma casa na cidade em que ficaram colocados.

Com o elevado preço das rendas e as escassas condições oferecidas a escolha fica ainda mais difícil para estes estudantes e para os seus mais que, em grande parte dos casos, são os responsáveis pelo suporte destas despesas.

Em cidades como Lisboa, chegam-se a pedir 500 euros por um T0.

Sim, o nosso pulmão está a arder

Nas últimas três semanas a Amazónia esteve a arder. Curiosamente, apenas duas semanas após o início dos incêndios todo o Mundo teve conhecimento dos mesmos, podendo começar a procurar responsabilidades.

A principal causa apontada é a desflorestação que aumento cerca de 200 por cento desde o início do mandato de Bolsonaro.

Nas primeiras intervenções públicas que fez logo após os incêndios, Bolsonaro deu a conhecer o seu plano de construir duas barragens nos terrenos da Amazónia o que só por si revela a sua preocupação com o que tem estado a acontecer.

Novo Primeiro-Ministro, mesmo Brexit?

Esta semana Boris Johnson sucede a Theresa May na liderança do Partido Conservador no Reino Unido tendo sido nomeado Primeiro-Ministro.

O que muitos anteviam e receavam acabou por suceder. No Reino Unido, temos agora um Governo totalmente constituído por ministros defensores do Brexit.

Com esta alteração governamental, a União Europeia já veio dizer que não irá fazer qualquer alteração ao documento já discutido com Theresa May (e já chumbado três vezes pelo Parlamento britânico).

E o pesadelo regressa...

O regresso do Verão trouxe consigo ventos fortes e altas temperaturas. Trouxe portanto condições propícias a propagação de incêndios.

Num só dia e num curto espaço de minutos, o concelho de Mação viu serem deflagrados cinco incêndios.

Felizmente, à hora a que esta crónica se encontra a ser escrita os incêndios foram extintos e encontram-se nesta altura em fase de rescaldo.

Uma vez mais se fala em fogo posto e em investigações (sem falar dos oportunismos políticos levados a cabo por partidos e comunicação social).

A importância das eleições europeias

Estão a aproximar-se a passos largos as eleições europeias. A campanha já começou a ritmo acelerado, com alguns candidatos a dar a conhecer as suas ideias e programas para os mandatos que se propõem assumir.

Em Portugal já são conhecidos os candidatos, estando os líderes dos partidos a acompanhar os mesmos nas diversas acções de campanha que ocorrem.

Foi exatamente numa dessas acções de campanha que vimos Assunção Cristas afirmar que as eleições europeias deveriam servir como ato de censura ao Governo português.

Delação premiada? Não obrigada.

Surge neste momento um grande movimento de apoio ao “hacker” Rui Pinto, supostamente por ter revelado informações importantes relacionadas com o futebol. Um género de “futeboleaks” à portuguesa.

Segundo este movimento (que chega a apelidar o “hacker” de herói nacional…) Rui Pinto deveria ser recebido pelo País de braços abertos em lugar de responder pelos crimes que cometeu.

Sucede que, contrariamente ao que sucede no Brasil (com os resultados conhecidos por todos) a delação premiada não existe em Portugal.

Um teste disfarçado de censura

Há poucos dias CDS apresentou uma moção de censura ao Governo. Mais uma vez uma moção chumbada à nascença pelos votos contra de PS, PCP e BE.

Não sendo uma surpresa este tipo de atitude por parte da actual direção do CDS-PP, Assunção Cristas acabou por surpreender, pela negativa, ao ter dificuldades em justificar a própria moção de censura, quase pedindo desculpa por tê-lo feito aquando da sua apresentação.

Não obstante os pontos de discórdia já conhecidos, Assunção Cristas acabou por não recorrer a nenhum para justificar esta iniciativa.

Não, não vamos falar de violência doméstica

Não, não vamos voltar a falar de violência doméstica. Não, não vamos relembrar que só em Janeiro nove mulheres foram assassinadas pelos maridos. Não, não vamos, dizer que uma menor foi assassinada pelo pai.

Vamos continuar as nossas vidas e a achar que “entre marido e mulher não se mete a colher”.

Vamos continuar a ignorar a necessidade de sensibilização das entidades de justiça responsáveis pela investigação de crimes de violência doméstica para a verdadeira punição deste crime.

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