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Racismo

25 crianças mutiladas por dia e a sua preocupação é ofender?

Haver 25 crianças mutiladas por dia, durante os últimos dez anos, não é uma notícia má: é péssima. As diferentes guerras e conflitos, existentes por todo o mundo, foram responsáveis por 93 mil mortes ou mutilações infantis, desde 2010.

"Imagine viver com o medo constante de que hoje pode ser o dia que seu filho será morto em um ataque suicida ou num ataque aéreo. Essa é a cruel realidade de dezenas de milhares de pais afegãos que têm filhos que foram mortos ou feridos", palavras de Chris Nyamandi, diretora do “Save the Children” no Afeganistão.

Chega! ... de fake news

Ao entrar num dos vários grupos de apoio a André Ventura, surge destacada uma publicação onde se lê “Se Portugal fosse um país racista, como é que seria possível a eleição do primeiro ministro?”. Em resposta um utilizador escreve “O indiano não ganhou as primeiras eleições em que foi primeiro ministro ele e os outros crápulas, arranjaram a tal geringonça para correr com o coelho...”. O grupo em causa tem aproximadamente 17 mil membros. Mesmo admitindo que uma cota parte são mirones como eu própria, é um número que assusta e que tudo indica que vai crescer nos próximos tempos.

Outra vez, esquerda revolucionária?

O movimento anti-racista internacional teve em Portugal a sua expressão na passada semana, e tomou forma em manifestações espalhadas por várias cidades. Rui Rio encostou-a à esquerda dizendo que não se devia fazer das manifestações um nicho de esquerda. Deveria ter noção que há muito boa gente de direita anti-racista. No dia seguinte, foi a vez da Juventude Comunista Portuguesa, sem qualquer arrepio em relação às medidas de distanciamento, reunir-se num comício.

De George Floyd ao Padre António Vieira. Como uma causa justa degenera

De 25 de Maio a 11 de Junho vão apenas 17 dias de intervalo. A primeira data assinala o bárbaro assassinato de George Floyd, acerca do qual já muito se disse, ainda que, esse muito, peque por insuficiente. A segunda data assinala o ignorante e absurdo acto de vandalismo à estátua do Padre António Vieira em Lisboa. E como se todo o cenário não fosse já suficientemente pintado de tragédia, para piorar, ambas as situações acabam por estar tristemente interligadas.

A ordem mundial anarquista da atualidade

Alguém tem um relógio? Que dia é hoje? Hoje comemoram-se os 2 meses e 9 dias em que as nossas vidas mudaram radicalmente e tentamos arduamente para que voltem ao normal, mas de nada vale o esforço se não somos nada para além de carne e osso, sentimentos e pensamentos que facilmente são corroídos por um vírus que tem ceifado imensas vidas ao longo de todo o mundo e, também, por aqueles que convivem connosco.

Defender os Bombeiros de Borba também é defender as minorias

Recentemente os Bombeiros de Borba foram alvo de um ataque completamente inédito. É a primeira vez que vejo algo do género: um ataque físico aos “soldados da paz”. Que mundo louco!

Soube-se imediatamente que os responsáveis desse ataque foram um grupo de pessoas da etnia cigana. É claro, ao juntarem-se esses ingredientes a confusão ficou instalada. E a dimensão muito mais reforçada.

Para mim, pouco interessa se os responsáveis são, ou não, da etnia cigana. Interessa sim, saber se o Estado de Direito está, ou não, a ser cumprido na sua plenitude.

Exímios preconceitos

Na semana passada li um texto bastante elucidativo sobre questões semânticas, e não só, ligadas ao racismo. Nele, Isabel do Carmo interpreta a palavra racismo de modo similar à interpretação que lhe dei num texto que aqui publicado no ano transato.

Emprestas-me um lápis cor de pele?

Há cerca de um mês terminou mais um ano letivo. As nossas crianças foram gozar as merecidas férias, enquanto os seus docentes iniciavam mais uma luta, justa para muitos e descabida para outros. Já agora só um parêntesis: imaginem não contarem 9 anos de escolaridade aos vossos filhos. Se o tempo não existiu para os professores como foi possível as crianças evoluírem durante este período? Mas não é disto que hoje vos quero falar.

A LIÇÃO DE AUSCHWITZ QUE A EUROPA NÃO APRENDEU

Se há uma semana escrevia sobre a celebração da libertação dos prisioneiros de Auschwitz, hoje escrevo - e confesso que desejava não o fazer - sobre a tentativa do governo polaco de querer branquear a História.

Foi aprovada esta semana, no senado polaco, uma lei que prevê até três anos de prisão ou uma multa para quem, na Polónia, utilize a expressão "campos da morte polacos" para se referir a campos de concentração do regime nazi, na Polónia, durante a Segunda Guerra Mundial, como é o caso de Auschwitz- Birkenau.

COLHER O QUE SE SEMEOU

Gostaria de poder dizer que o que sucedeu em Charlottesville foi uma total surpresa mas, infelizmente, tal é impossível.

É impossível não esperar este tipo de actos provindos de grupos de extrema direita após termos assistido a toda a argumentação e a todo o discurso de ódio da campanha de Donald Trump.

Surpreendente é ver o discurso de Donald Trump a criticar os assassinos e responsáveis pelo atentado de Charlottesville depois de ter andado meses e meses a incentivar ao ódio contra todos os que não eram americanos.

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