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literatura

PRÉMIO ENCONTROS LITERÁRIOS DO ALENTEJO 2017

O Prémio “Encontros Literários do Alentejo” 2017 - ELA 2017 -  é uma iniciativa da ASSESTA – “Associação de Escritores do Alentejo”, em parceria com o Município de Odemira, e que irá ser entregue em São Teotónio, nos dias 2 e 3 de junho, na iniciativa com o mesmo nome.

Ao ELA 2017 podem concorrer todos os alunos do Ensino Secundário e Profissional de escolas situadas na região Alentejo, o prémio pretende distinguir trabalhos inéditos na modalidade de conto, sendo que o tem deste ano é o “Alentejo”.

O prazo para receção dos trabalhos a concurso termina a 30 de abril.

O MOLEIRO

Estive, no passado sábado, no aniversário de uma Escola (Antero de Figueiredo-Farmingville) que, durante a festa, professoras e alunos nos apresentaram profissões extintas ou em vias de extinção em Portugal.  Tive, aí, o enorme gosto de recordar antigas profissões que, algumas conheci, outras nem tanto, pela distância em que eram exercidas ou pela não existência desde que me conheço como pessoa.

UM FRASCO DE MEL

Margarida era uma abelha, uma abelha fofa e trabalhadora que tinha umas asinhas pequeninas e um ferrão afiado. Mas era fofinha e trabalhadora. As patas andavam constantemente cheias de pólen. Tinha uma cor de abelha normal, guerreira. Uma das milhares que constituíam o enxame das abelhinhas. A vida de Margarida, a abelha fofinha, era monótona, seguindo os nossos padrões. Não havia na ideia da abelha Margarida vontade mudar, mas a pobre abelhinha não conhecia mais nada.

STRANGER IN A STRANGE LAND – O LIVRO

Stranger in a Strange Land de Robert Heinlein não é um livro, é o livro.

Cinquenta e quatro anos depois. Não meus. Não de ninguém da minha geração. Sem hesitação: o mais inabitual romance saído do, por tendência, mais inabitual dos géneros, a ficção-científica. Incrível proeza.

DIA DE CHUVA

Chovia como quem na derramava. Era tanta a água que, deste lado do vidro, esvaziava os pensamentos enquanto os baldes se enchiam, lá fora, apanhando a água que os beirais retiam também. Os meus olhos fixavam-se num ponto que mudava constantemente e parecia que nada fazia sentido… as imagens não paravam de correr e o desconcerto era total. Não se admirem, pois, se as minhas imagens que veiculo neste texto, não façam sentido, elas também.

SOMOS HISTÓRIAS

Acho que em algum momento da minha escala de crescimento e desenvolvimento pessoal, no foro privado dos espaços interiores onde me vou calculando, a parte do meu cérebro que lidava com os “tanto faz”, que não se importava com as conversas de circunstância, que não se incomodava com a maldade mascarada de preocupação e princípios desligou e nunca mais voltou a funcionar. Ou isso ou a sociedade, compreenda-se em todos os seus níveis, conseguiu o excelente talento de retroceder ao avançar. – Devo confessar, compreendo.

ÉS.

Não te julgues. Não te deves julgar. A cada passo, cada pensamento, a tua mente entope-se de ideias sem que tenham nexo algum ou que constituam em ti uma voracidade de te conheceres melhor. Não te queres conhecer. És. Existes aqui e agora, não te interessa o futuro e o passado, esse não o podes mudar.

GAMBOZINOS

Quando eu era novo, era caçador e pescador. Desportivo. Adorava caçar e ir à pesca. Nada me dava tanto prazer como perder-me pelos campos e nos ribeiros e rios com os amigos, à caça e à pesca. Nos campos perto de casa e mais longe, a muitos quilómetros de distância, partíamos em carrinhas cheias de gente. Grandes grupos de amigos que se juntavam aos fins-de-semana para umas boas caçadas. Muito mais do que uma caçada ou pesca, era uma oportunidade de celebrar a amizade.

VERTIGENS

Andava em cima das ripas e dos andaimes como se fosse um bailarino. Andava tão alto nos andaimes e dançava ao som da música que o velho rádio tocava incessantemente desde as 8 da manhã, hora de pegar o trabalho, até às 5 da tarde, hora de largar o batente. Parecia um dançarino sem calças de licra. Tinha, no lugar das sabrinas de dança, botas de trabalho pingadas com restos de cimento e o pó da areia e do próprio cimento em si.

NOVO PRÉMIO LITERÁRIO NO ALENTEJO

Nasceu ontem o “Prémio Literário Joaquim Mestre”, um prémio que será instituído pela Assesta - Associação de Escritores do Alentejo, em parceria com a Direção Regional de Cultura do Alentejo – DRCA.

O protocolo foi assinado ontem, 28 de janeiro, em Évora, contou com as participações de Joaninha Duarte, Contadora de histórias, Napoleão Mira e a sua performance de Spoken work, Marta d'Almeida e o seu Jazz Alentejano, e de Fernando Évora, com leitura de um texto de Joaquim Mestre

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