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Linguagem

Ã

Hoje, que não é hoje, apetece-me escrever um texto sobre algo muito específico. Não que aquilo que tenho escrito anteriormente não seja sobre algo muito específico, mas isto é mesmo sobre uma particularidade. É sobre o Ã. O Ã era uma personagem que fazia parte dos meus textos. Ele vivia numa terra longínqua, onde o céu já não via nuvens desde que os tempos se conheciam.

“VOCEMESSÊ NÃ SABE PATAVINA!”

Se não consegue perceber a expressão do título deste artigo, a solução pode estar na leitura do livro “Falares e Ditarenhos do Alentejo”, um projeto editorial da autoria de Luís Miguel Ricardo.

O livro será apresentado hoje, pelas 16h, na Biblioteca Municipal de Cuba e é um projeto que pretende - com a característica boa-disposição e informalidade alentejana -  preservar e promover a tradição dos falares do Alentejo.

A FÁBRICA DE PROVÉRBIOS

Máximas, axiomas, adágios, provérbios, ditados populares ou anexins, sempre os ouvimos, supostamente, desde a mais tenra infância. Infelizmente, no meu caso, por ter nascido e crescido no estrangeiro, aprendi poucos ditados populares portugueses quando era criança.

Quando, aos dezanove anos optei por vir para Portugal, apercebi-me de que ignorava grande parte dos provérbios portugueses. Assim, comecei já com um handicap essa minha aventura pelas letras lusas. E se creio ter superado a minha insipiência lexical, fiquei com esse calcanhar de Aquiles.

O SILÊNCIO NA COMUNICAÇÃO

PUXAR PELA LÍNGUA

Os sistemas culturais, de que fazemos parte e para os quais contribuímos, são em grande medida sistemas de comunicação, constituindo a linguagem um dos seus meios mais importantes.

Na primazia que normalmente lhe concedemos, nas interacções interpessoais e interculturais que mantemos, não poderemos (nem deveremos), contudo, ignorar outro meio não menos relevante e que a intersecta: o silêncio.