Hospital de Beja

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) denunciou que a cirurgia no serviço de urgência do hospital de Beja está a funcionar “abaixo dos mínimos de segurança” e está “em perigo de encerrar” se não forem contratados mais médicos, adianta a Lusa.

Em comunicado, o SIM refere que “as equipas de cirurgia” na urgência do hospital de Beja, que é gerido pela Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), “estão a funcionar abaixo dos mínimos de segurança para cidadãos e médicos”.

O serviço de urgências do Hospital de Beja não está a aceitar mulheres grávidas por falta de médicos de Ginecologia e Obstetrícia, estando a comunicar às mulheres grávidas ou à família que têm de recorrer pelos seus meios a outra unidade hospitalar, sendo que a mais próxima é a de Évora, a mais de 80 quilómetros.

Já em janeiro o Hospital de Beja recorreu ao mesmo procedimento, pelas mesmas razões.

A decisão é do Conselho de Administração da Unidade de Saúde do Baixo Alentejo e foi tomada pela quadra festiva. Os doentes internados no Hospital de Beja podem, até dia 2 de janeiro, receber visitas fora do horário habitual, sem necessidade de terem cartão de visitante.

São excepção a esta medida os cuidados intensivos, a neonatologia, os serviços de obstetrícia, a pediatria, e os internamentos dos serviços de psiquiatria. A medida está em vigor desde o dia 23 de dezembro.

Miguel Guimarães visita terça-feira, dia 25 de setembro, o Hospital de Beja para inteirar-se das "condições de trabalho que têm afetado o normal funcionamento daquela unidade, na sequência das dificuldades decorrentes da falta de médicos especialistas e da incapacidade para atrair jovens médicos para esta região".