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OS FENÓMENOS E A QUEBRA DE TRADIÇÃO

O primeiro fenómeno foi sem dúvida a candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa, apesar fuga a tomadas de posição sobre vários assuntos com intuito de vestir a pele de agregador, aproveitou da melhor forma os anos de comentário político e simpatia dos portugueses que essa condição lhe proporcionou, saindo vencedor à primeira volta com uma campanha fora do normal, sem cartazes, sem apoios financeiros e a desviar-se dos partidos de direita, concordando ou não com o estilo, todos temos de admitir que foi uma grande vitória.

NÃO SABE ONDE VOTA?

Não precisa perder muito tempo às voltas à procura do local onde deve exercer o seu direito de voto.

Pode enviar um SMS para o número 3838 – a mensagem é gratuita – e deve escrever: RE (espaço) nº de identificação civil do Bilhete de Identidade ou do Cartão do Cidadão (espaço)data de nascimento (com o formato AAAAMMDD).

Exemplo: RE 12345678 19750602

Ou então clique aqui ou ligue para a linha do eleitor 808 206 206 (custo de chamada local).

 

A HISTÓRIA REPETE-SE

Na altura em que esta crónica se encontra a ser escrita, ainda estamos a poucas horas de saber os resultados eleitorais em Espanha.

As primeiras sondagens apontam para um impasse semelhante ao que sucedeu em Portugal. Isto é, nenhum dos principais partidos reúne condições para governar com maioria absoluta.

Não querendo antecipar desde já cenários de coligações entre esquerda/direita ou esquerda/esquerda, creio que há uma análise que deverá ser feita e que, também em Portugal, não o foi.

DICOTOMIAS DEMOCRÁTICAS

O mundo conheceu, neste fim-de-semana, dois resultados eleitorais, em dois países completamente diferentes, em dois continentes diferentes, com culturas democráticas bem diferentes.

QUEM DIRIA?

Ao contrário do que tradicionalmente acontece quando se perdem eleições de forma pesada (porque o objectivo do PS era uma vitória com maioria absoluta), em que o líder do partido derrotado se demite de funções e coloca o lugar à disposição, neste quadro eleitoral assistiu-se a uma verdadeira reviravolta no desenrolar dos acontecimentos.

QUE GRANDE (DES) GOVERNO!!!

Hoje lá na associação “x” houve eleições. Haviam três listas de candidatos. A lista do Toninho, a lista do Pedrinho e a lista da Mariazinha (sim temos que respeitar a lei da paridade). Votos feitos e contabilizados, os resultados foram os seguintes

Pedrinho – 23 votos

Mariazinha – 12 votos

Toninho – 13 votos

Abstenção – 60 associados

DAS MAIORIAS

Podia dizer que os resultados das últimas eleições me surpreenderam mas estaria a mentir.

Contrariamente ao que tenho ouvido e lido por aí, por mais incompreensível que tenha sido o resultado, de mim não ouvirão uma palavra contra os eleitores. Se em tempos critiquei os militantes do PSD e da JSD por chamarem “estúpido” ao “povinho” nas eleições ganhas pelo PS, não é agora que vou mudar de opinião.

OS ELEITOS PELO ALENTEJO

Após a realização, ontem, das Legislativas 2015, a composição parlamentar irá alterar-se.

Estes são os resultados e os nomes dos representantes pelos Círculos Eleitorais alentejanos:

 

 

O VOTANTE INDECISO À LUPA

Nesta altura de eleições é ponto assente que se ouvirá falar muito de abstenção e votante indeciso. Numa coisa, o votante indeciso ganha ao abstencionista: vota.

O votante indeciso é uma figura quase mitológica que muitos analistas e politólogos chegam até a apontar como os grandes decisores de eleições como aquelas que, e a julgar pelas sondagens, se avizinham.

ELEIÇÕES

Vamos ter eleições. Para o leitor importa reter isto.

Vamos ter eleições. É importante. Não porque marque o tempo. Não por isso. “Vamos ter eleições” não marca bem o tempo. De facto, marca-o, apenas, para “estarmos para lá de certa data”.

Isto se o leitor for de qualquer parte do mundo pensando em quase qualquer parte do mundo.

É certo que há partes do mundo onde nunca terão havido eleições. Portanto, dizer-se que vamos ter eleições é pouco importante, em termos cronológicos. Já dizer que vamos ter eleições em Portugal é completamente diferente… ainda que não muito completamente diferente.

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