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Opinião

Globalização no Mundo Rural - Um ensaio sobre o ressentimento e oportunidade

Alentejo, terra de sol intenso em que só as copas irregulares dos sobreiros parecem fazer sombra.

Alentejo, terra envelhecida.

Alentejo, terra de casas caiadas a branco e barras coloridas.

Alentejo, terra de suicídio.

Alentejo, terra de tons de azul infinito.

Alentejo, terra da esperança prometida.

Alentejo, do paraíso turístico aos tesouros por explorar: O Castelo Real de Valongo

Com uma vasta variedade de recursos, a Região Alentejana, através de políticas de desenvolvimento sustentado, teve nos últimos anos um significativo crescimento a nível turístico. Numa perspectiva global, os dados estatísticos são por si só evidentes da oferta diversificada, onde o Alentejo surge como um dos territórios mais procurados da Europa. A grande convergência entre Municípios e a Entidade Regional de Turismo do Alentejo permitiu não só uma divulgação de excelência, como, o reconhecimento nacional e internacional através de sucessivos prémios e certificações.

Manchester By The Sea - Ao actor, o lugar que lhe pertence

Numa época em que ao actor se pede somente uma de duas, ou performance (entusiasmo) ou ausência (anonimato), um filme como Manchester By The Sea ressoa como um chamamento das profundezas. Bons papéis, como antes se dizia, que o talento transformava em notáveis criações. Falamos de ontem, mas não tem porque ser assim tão diferente no tempo presente... E não é, não nas suas determinações, na sacrossanta harmonia do trabalho artístico. Basta esperar pelo momento certo: saber reconhecer e não desaproveitar (aqui, refiro-me à responsabilidade do espectador).

O periquito fraquito que cantava como um franganito

Piu piu. Tro lo ró, tro lo ró. Chilreava assim o periquito fraquito que cantava como um franganito. Piu Piu, era sozinho, como quem assim o viu. Quem o viu foi um rapazito, dono de um canito que morava na casa em frente. Da janela, aparecia o ramo onde se empoleirava o Canário, nome que o moço acabou por dar ao periquito. Coitado, não sabia a diferença entre um e outro. Também não interessava. Se tinham penas, eram pássaros. O Canito do rapazito queria comer o passarinho, que chilreava no ramo em frente à janela. O moço olhava para ele, com o cão ao lado, de janela aberta.

A minha estrada tem bolinhas

Tinha até pensado dar o nome a este texto de “porque é que eu faço 185Km´s em vez de 165 Km´s de cada vez que venho trabalhar (Évora) ou vou para casa (Odemira)” mas “a minha estrada tem bolinhas” ficou mais giro, é menos egoísta e pretende ser um merecido reconhecimento a uma população que teve a ousadia e a capacidade de pintar em volta dos buracos da estrada toda (é mesmo toda), manifestando o seu justo repúdio pela situação de degradação em que se encontra da EN120 na ligação entre Odemira e S. Luís.

Portugal e o (economicamente danoso) atraso ferroviário

O comboio continua a ser hoje, tal como à data da sua introdução em Portugal durante o reinado de D. Pedro V, o meio terrestre de transporte de passageiros e mercadorias mais eficaz e rentável. Um comboio tem a capacidade de transportar quantidades massivas de bens a um custo consideravelmente mais baixo que qualquer outro meio terrestre, fazendo deste meio de transporte um imbatível motor de desenvolvimento económico por toda a dinâmica que este proporciona ás economias que nele apostam.

Lutaram com a Lei – e a Lei esmagou-os

Quando uma canção passa por nós e a perdemos de vista, sabemos que acabará por voltar – quando tal acontecer, como as águas do rio, já não vai encontrar a mesma pessoa.

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I Fought the Law (Bobby Fuller)

I'm breakin' rocks in the hot sun

I fought the law and the law won

I fought the law and the law won

Robbin' people with a six-gun

I fought the law and the law won

I fought the law and the law won

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Coelhinho da Páscoa

Porque escrever sobre um coelhinho da páscoa? Resposta difícil, de longo e largo espectro, como alguns antibióticos. Tentarei responder, decifrando algumas das mais impressionantes histórias e narrativas que a propósito dos coelhinhos da Páscoa foram escritas e contadas. Desde tempos imemoráveis, quando ainda não se escrevia, quando ainda era a oralidade que contava, os coelhinhos da páscoa fazem parte do imaginário coletivo.

Deu o corpo às balas

O guarda-redes deu, literalmente, o corpo às balas.

Foi assim que o comentador de um canal de televisão se referiu à defesa corajosa do guarda-redes do Peru num jogo do mundial de futebol.

Todos sabemos que o mundo da bola é prodigo em dribles à gramática, mas este é um drible que está na moda, um drible que chega às quatro linhas de Portugal inteiro.

Mas é uma finta dramática, daquelas que partem os rins aos defensores da língua portuguesa.

Desmesuradamente

Atendendo ao desafio lançado por um “amigo” do facebook (uma pessoa com perfil falso que, na minha opinião egocêntrica, terá a responsabilidade politica de me “controlar”) e ao facto de este ano, ter ardido parte da serra de Monchique, achei que poderia ser um desfio interessante falar sobre os incêndios em Portugal.

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